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Lançamento do livro In(certeza) reúne dezenas de pessoas no Rio

Gabriela Zimmer lançou seu livro "In(certeza)" em Botafogo, na última sexta | Foto: Fotos Felipe Cavalcante

Entre sonhos, medos e descobertas, a transição da adolescência para a vida adulta é um período marcado por dúvidas que moldam quem somos e quem queremos ser. É nesse contexto que se insere o livro "In(certeza)", de Gabriela Zimmer, lançado oficialmente na noite da última sexta-feira, 29 de agosto.

Em evento realizado na Blooks Livraria, na Praia de Botafogo, a autora participou de uma sessão de autógrafos. Ao falar sobre o impacto que ela gostaria de causar em seus leitores, Gabriela destacou que quis deixar a interpretação a cargo de quem lê, assim como cabe a cada um de nós dar sentido às incertezas desta fase.

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A autora entre amigos e familiares durante o lançamento da sua obra | Foto: Felipe Cavalcante

"Nesse contexto de mudanças, que na verdade está presente em todas as fases da vida humana, nós estamos sempre evoluindo, mudando e descobrindo coisas a nosso respeito. Então, que o leitor possa interpretar isso de acordo com a circunstância que ele está vivendo naquele momento", completa.

Este é o segundo livro de Zimmer. O primeiro, intitulado "Para nunca se sentir só", foi lançado de forma digital em junho de 2020, no auge da pandemia. Foi a partir disso e, ao abordar a diferença de sentimentos entre os dois lançamentos, que a autora também destaca a importância de um livro físico para a saúde mental.

"O livro físico tem a habilidade de desconectar uma pessoa dessa saturação de informações que a gente recebe no meio digital. Ao mesmo tempo, ele é importante para você se conectar com o que está acontecendo. Você lê um livro, você sente as páginas, você tem menos informações desnecessárias te distraindo da leitura".

Este mesmo ponto é trazido pelo editor do livro, Jean Cândido Brasileiro. Afirmando que existe um resgate a determinadas experiências analógicas devido a um "cansaço das pessoas com o meio digital", Jean também destaca o olhar sensível que a autora utilizou para escrever a obra. Dizendo que sua poesia pode, à primeira vista, parecer ser simples, à medida que o leitor mergulha nela, abre um leque de muitas possibilidades.