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PINGA-FOGO

ALTA VOLTAGEM NO LIDE - Ao trazer todos os principais presidentes de partidos para o Rio, o ex-governador João Doria Jr deixou o evento do LIDE Empresarial ligado em alta voltagem.

Todos querem saber o horizonte deste cenário de conflito nacional a partir da ótica do presidentes partidários.

TERRIVELMENTE EVANGÉLICO - O LIDE fica turbinado com a palestra do ministro André Mendonça. Será sua primeira manifestação pública após o pastor Silas Malafaia virar alvo.

SINUCA POLÍTICA - Curioso o efeito colateral da política. Se o governador Tarcísio de Freitas virar candidato à Presidente da República, a política do Rio estará pacificada. Todos em uma só direção.

REABRINDO O DIÁLOGO - O ex-governador João Doria Jr, de família baiana, tem mesmo a proteção da Irmã Dulce. O próximo encontro internacional do Lide, agendado há meses, será em Washington, nos dias 8 e 9 de setembro. Qual o empresário brasileiro que não vai querer estar na capital americana neste momento?

Em tempo: Doria foi o apresentador, no Brasil, do Aprendiz, o mesmo programa que, nos EUA, era apresentado por Donald Trump. Os dois são velhos conhecidos. O LIDE será o primeiro canal de comunicação direta Brasil/EUA. O evento já está com as vagas esgotadas.

LIÇÕES DA HISTÓRIA - Uma retrospectiva do jornalista Augusto Nunes, publicada na revista Veja, em 17 de janeiro de 2011, trazia o seguinte relato de Domitila Becker: A noite estava chegando quando as duas caminhonetes estacionaram numa ladeira do bairro de Santa Teresa, no Rio. Armados de revólveres e granadas, 11 homens e duas jovens desembarcaram e, em movimentos rápidos, invadiram o casarão onde morava Ana Benchimol Capriglione, amante do ex-governador paulista Adhemar de Barros, famoso pelo bordão "rouba, mas faz". Na hora do crepúsculo de 18 de julho de 1969, começava o maior assalto praticado durante a ditadura militar por grupos partidários da luta armada. Disfarçados de policiais à caça de documentos considerados subversivos, os invasores se espalharam pela mansão. Enquanto alguns subiam ao segundo andar para localizar o cofre, outros imobilizaram moradores e empregados, furaram os pneus dos carros estacionados na garagem e cortaram as linhas telefônicas. A operação durou exatamente 28 minutos. E enriqueceu US$ 2,4 milhões (cerca de R$ 30 milhões em valores atuais) a VAR-Palmares, organização comunista que tinha entre seus mais ativos militantes a universitária mineira Dilma Rousseff. "A gente achava que o golpe ia ser grande, mas não tinha noção do tamanho", disse Dilma numa entrevista publicada em 2006. O cofre de mais de 200 quilos, que rolou pela escadaria de mármore, foi colocado numa das caminhonetes e levado até um "aparelho" — termo que identifica os endereços onde moravam ou se reuniam os partidários da luta armada — em Jacarepaguá. Ana Capriglione e os herdeiros do governador nunca reivindicaram os milhões furtados. Os descendentes da guardiã fortuna continuam jurando que o cofre estava vazio".

Em pleno 2025, o Brasil, pelo menos, não vive luta armada e nem organizações VAR-Palmares. No cenário atual, só o PCC e outras facções sentem o cheiro de cofres recheados e são capazes de operações ousadas. Tudo com mapeamento estratégico.

SEMPRE JACAREPAGUÁ - Uma estrela da política nacional, hoje radicada no Rio, trocou, em passado recente, toda a equipe de segurança, ao descobrir que passaram a existir fofocas sobre o conteúdo de uma mala levada em voo executivo, no qual as bagagens não passam pelo Raio X, que decolou do mesmo bairro de Jacarepaguá, onde se reunia a turma que levou o cofre de Ademar. No Rio de Janeiro, o perigo mora ao lado e a equipe de segurança pode ser equipe de (in)segurança. Realmente o Rio não é para amadores.

EUREKA - Cada vez mais a política do Rio começa a virar trocadilho: política com polícia.