Americanos se irritam com a tentativa de burlar os efeitos da aplicação da lei aplicada por Trump contra ministro do STF
Será que esta turma de brasileiros endinheirados ligados aos grandes bancos nunca ouviu falar de uma tal de CIA? Só os incautos acham que Alexandre de Moraes, ao virar alvo da Magnitsky, não está sendo monitorado do tipo: onde vai e com quem fala ? Eles deveriam apenas visitar o site: https://www.cia.gov e lembrar que existem adidos de inteligência lotados nas embaixadas e consulados norte-americanos no mundo. Não lembram que os telefonemas da ex-presidente Dilma Roussef foram gravados? A denúncia foi feita em 2013, a partir dos documentos divulgados por Edward Snowden no programa Fantástico, da Rede Globo. Snowden foi funcionário da Agência de Segurança Norte-Americana.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, que abandou o Rio por São Paulo e agora é o representante da “Faria Lima” em Brasília, está fazendo valer cada centavo que recebe das instituições financeiras para qual faz lobby, com o pomposo cargo de Presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).
Rodrigo, nascido no Chile, quando seu pai, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia, estava exilado em Santiago, promoveu um almoço na sua mansão em Brasília, pago pela Confederação, reunindo os ministros do Supremo Tribunal Federal - STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, com vários banqueiros, especialmente André Esteves, do BTG, padrinho de Maia e o idealizador da nomeação do ex-deputado para este lobby.
O que seria um encontro privado, mas que entrou no radar da Embaixada Americana em Brasília, ganhou dimensão pública, com a notícia publicada pela Bela Megale, no seu blog. Aliás, a coleguinha tem o ministro Gilmar Mendes como fonte privilegiada. Só que, para os americanos, já era notícia velha.
A irritação da Embaixada Americana, e já reportada a Washington, é a tentativa dos bancos brasileiros driblarem os efeitos da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, a figura central do almoço capitaneado por André Esteves e seu assecla Rodrigo Maia, na tentativa de criar uma trincheira de defesa.
O que torna a reunião explosiva para os americanos e a turma brasileira em Washington, leia-se Eduardo Bolsonaro, foi a presença do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, e, especialmente, o Advogado-Geral da União - AGU, Jorge Messias. Este último, o proponente da contratação pela AGU de advogados americanos para barrar na justiça dos Estados Unidos a inclusão de Alexandre de Moraes na Magnitsky.
Dos grandes bancos presentes, só Esteves teria feito coro com Jorge Messias. A sintonia entre os dois tem sido produtiva. Recentemente, a AGU se desdobrou no Tribunal de Contas da União para justificar operação prioritária que a Caixa fez do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) beneficiando o BTG e os títulos que comprou do finado Banco Nacional. Um “negocinho” de R$ 8 bilhões de lucro.
O que seria um almoço de solidariedade virou um programa indigesto para os comensais, que, por ironia do destino, tiveram a sobremesa típica norte-america no cardápio, a cheesecake, paixão de André Esteves. Como avisou os americanos: “Eles estão de olho!”
Em tempo: os negócios do BTG e de André Esteves nos Estados Unidos são enormes. O braço de serviços relacionados a investimentos nos EUA são oferecidos pela BTG Pactual US Capital, LLC ("BTG Pactual US"), localizada na 200 South Biscayne Blvd – 55th Floor - Miami, FL Phone: +1 786 792 5440 e na 601 Lexington Avenue – 57th Floor - New York, NY Phone: +1 212 293 4600. O Bradesco e o Itaú também têm grandes operações próprias nos Estados Unidos, mas não ficaram tão expostos como o BTG em fazer uma trincheira de defesa a Alexandre de Moraes, como Esteves e o chileno/brasileiro Rodrigo Maia.
André Esteves, sem trocadilhos, esteve também no Palácio do Planalto nesta sua ida a Brasília. Banqueiro sempre cobra caro por algum gesto colaborativo e, principalmente, para defender o cartel que os grandes bancos criaram.
*Cláudio Magnavita é Diretor de Redação do Correio da Manhã
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