Por: Cláudio Magnavita

Coluna Magnavita | E la nave va, Marinha confirma inquérito

Marinha enviou nota ao Correio da Manhã | Foto: Reprodução

Carlos Suarez nunca poderia imaginar que uma ação truculenta realizada na área portuária que ele pretende anexar a da sua Bahia Terminais, que, apesar do nome, não possui autorização para atuar como terminal marítimo, fosse ganhar dimensões nacionais, e até ser alvo de inquérito da Marinha.

A reportagem do Correio da Manhã recebeu a seguinte nota da Marinha Brasileira:

"Nota de Esclarecimento - CPBA - 23/07/2025- A Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), informa que tomou conhecimento, na tarde do último domingo (20), da ocorrência de um incidente envolvendo uma embarcação do tipo balsa, que ficou à deriva nas imediações do Porto de Aratu, oferecendo risco à segurança da navegação local.

Segundo relatos preliminares, após a deriva, a embarcação encalhou na Baía de Aratu, sendo posteriormente removida e rebocada por seus responsáveis.

Diante dos fatos, a CPBA procedeu à notificação dos proprietários e dos responsáveis pela guarda da balsa, com o intuito de coletar informações que subsidiem a investigação do ocorrido e a adoção das medidas administrativas pertinentes. O caso está sendo apurado por meio de Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação, instaurado para esse fim.

A CPBA, na condição de agente da Autoridade Marítima, mantém atuação contínua de fiscalização e ordenamento do tráfego aquaviário em sua área jurisdicional — que abrange aproximadamente 1.100 km do litoral baiano, incluindo a Baía de Todos os Santos. Suas atividades visam garantir a segurança da navegação, proteger a vida humana no mar e prevenir a poluição ambiental provocada por embarcações, plataformas ou instalações de apoio, conforme disposto na Lei nº 9.537/97 (LESTA) e regulamentado pelo Decreto nº 2.596/1998 (RLESTA)."

A reportagem do Correio da Manhã apurou que as mesmas pessoas que invadiram a área continuavam, nesta quarta-feira, dia 23 de julho. Só que agora existem escavadeiras e caminhões caçambas fazendo retirada de terras e vegetação, sem nenhuma licença ambiental e descarregando o material no terreno vizinho pertencente à empresa de Carlos Seabra Suarez. Um verdadeiro fusionamento dos espaços.