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PINGA-FOGO

FURANDO O BLOQUEIO - Na reunião do Brics no Rio de Janeiro, a americana World Fuel vai abastecer o gigante Airbus 340 do Governo do Irã, no Galeão. Ela vai utilizar as estruturas da Shell, da empresa Raízen, de Rubens Ometto.

Todo o mercado sabe que o empresário Rubens Ometto está emitindo debêntures de olho no mercado Norte Americano, para diminuir a sua exposição elevada após apostar na Vale.

Só que os seus executivos no ramo de combustíveis de avião estão o colocando na mira das pesadas sanções do Governo Trump para quem fizer negócios com o Irã.

Esta semana,  o pessoal da embaixada do Irã estava fechando o acordo de abastecimento do avião beberrão que trará o presidente iraniano ao Rio. O país é integrante pleno do bloco desde o último encontro, em 2024.

As feridas do conflito Irã, Israel e Estados Unidos nem cicatrizaram e a turma de Ometto está envolvendo a Shell em um conflito planetário.

CENÁRIO ALARMANTE - Uma operação conjunta da Agência Nacional do Petróleo (ANP) com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, batizada de FOCO, voltou a expor um cenário alarmante: o avanço do crime organizado na cadeia de distribuição de combustíveis. Só na última terça-feira, 01 de junho, quatro postos foram interditados — dois por adulteração de produto e dois por funcionamento clandestino.

As investigações apontam que esses estabelecimentos estão ligados diretamente a uma facção criminosa paulista, que expandiu sua atuação para além das fronteiras do estado de origem. Mas o que mais chama atenção — e acende um alerta vermelho — não é apenas o braço logístico da facção no Rio, e sim os sinais de sua infiltração institucional.

Segundo apurou a força-tarefa, os agentes responsáveis pela repressão às fraudes estariam sofrendo pressões e até ameaças vindas de dentro da própria máquina pública fluminense. A suspeita: a facção já teria influência em repartições do Estado, interferindo diretamente nas ações de fiscalização.

Em um setor historicamente permeável à corrupção, a operação FOCO escancara não só a presença do crime organizado no varejo de combustíveis, mas também a fragilidade das estruturas estatais que deveriam combatê-lo.

FERIADO NACIONAL - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará nesta quarta-feira em Salvador para comemorar o 2 de julho. A data marca a Independência da Bahia, e, na verdade, é a real concretização da independência brasileira. Proclamada por Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822, a independência só foi mesmo se consolidar quase um ano depois. A coroa portuguesa resistiu até o dia 2 de julho de 1823 na Bahia, onde, de fato, houve guerra e vários conflitos. Lula viajou para a Bahia com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, e outras autoridades. Há uma expectativa de que Lula anuncie, em Salvador, que tornará o 2 de julho feriado nacional. A data já é feriado na Bahia.