O fim da escala 6X1, com redução da jornada sem redução dos salários dos trabalhadores, que ganha força no Congresso Nacional, foi debatida nesta segunda-feira (10) por parlamentares e entidades de classe, em evento promovido pelo Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e pelo Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu.
A discussão avança a nível nacional com uma proposta de emenda à Constituição e pode ser fortalecida com um plebiscito popular, promovido pelos movimentos sociais.
Presidente do Sindicato dos Comerciários, Márcio Ayer, organizador do evento, destacou a importância da conscientização popular para que a redução de jornada dos trabalhadores seja alcançada. "Vivemos uma situação na qual a realidade dos trabalhadores já piorou muito com a reforma trabalhista. Mas agora temos a possibilidade, sim, de ter uma escala de trabalho mais justa. Uma escala que permita não apenas o descanso, mas também o lazer", frisou.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) também defendeu que a redução da escala de trabalho sem redução de salários é possível. "O lobby patronal sempre apontará que não é possível, mas isso não é verdade. Quando lutamos pela licença-maternidade e pelo aumento do salário mínimo foi a mesma coisa. Nunca facilitaram porque não era interessante para eles. Mas salário nunca foi razão de inflação", contextualizou a parlamentar.
Além de comentar a situação de exploração à qual são submetidos os funcionários do comércio, a deputada federal Enfermeira Rejane relembrou a situação dos profissionais da Enfermagem, categoria que engloba auxiliares, técnicos e enfermeiros. "Trazendo para a realidade da Enfermagem, a escala 6X1 nada mais é do que a escala de 44 horas semanais. As pessoas simplesmente não tem vida além do trabalho".