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Coluna Magnavita: Ricardo Couto assume presidência do TJRJ - I

Ricardo Cardozo (e) passa a presidência do TJRJ para Ricardo Couto (d) | Foto: Brunno Dantas/TJRJ

O desembargador Ricardo Couto de Castro, presidente eleito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) para o biênio 2025/2026, apresentou, nesta sexta-feira (7), as principais diretrizes de sua futura gestão. Os temas abordados incluíram investimentos em tecnologia, atenção especial ao interior do estado, abertura do Judiciário à sociedade, além de iniciativas de inclusão e celeridade processual. A coletiva foi realizada antes da cerimônia de posse da nova Administração.

O presidente eleito enfatizou a necessidade de modernizar o Judiciário, apostando em soluções tecnológicas para agilizar a tramitação dos processos, sem comprometer a segurança e a qualidade das decisões. "O processo foi feito de modo que não haja falhas, mas também não pode ser tão lento a ponto de prejudicar as partes. Hoje, estamos no momento da tecnologia e esse é o nosso maior investimento para dar celeridade e reduzir custos", afirmou o desembargador.

O magistrado citou a adoção de sistemas informatizados como o Eproc e destacou que a busca por ferramentas adequadas faz parte de um processo contínuo. "A tecnologia nunca chega de uma vez, mas agora temos um programa efetivo que vai oferecer a prestação que a população quer. Precisamos, contudo, ficar atentos a quem tem dificuldade de acesso digital e criar formas de inclusão."

Perguntado sobre o uso de Inteligência Artificial (IA), o desembargador Ricardo Couto avaliou que a ferramenta pode acelerar e otimizar processos, mas não substitui o julgamento humano. "A IA não substitui o julgador; funciona para dar mais celeridade. Já investimos muito em tecnologia, mas também tivemos sistemas que não se mostraram adequados. É preciso ter transparência: quando algo não funciona, precisamos mudar de estratégia."

O desembargador reforçou a importância de manter o Tribunal aberto à sociedade, trabalhando de forma integrada com outras instituições, como Defensoria Pública, Ministério Público e OAB, para garantir acesso efetivo à Justiça.

"Queremos um Judiciário de todos e para todos. E há a gratuidade de Justiça para quem não pode pagar as custas. Hoje, de cada dez demandas no TJRJ, sete estão sob gratuidade. Precisamos, porém, equalizar os custos, pois existem despesas de pessoal, tecnologia e manutenção. É fundamental que a população saiba que as portas do Tribunal estão abertas para reclamações e sugestões."

Ainda nesse sentido, o presidente eleito destacou a necessidade de intensificar o trabalho de conscientização sobre direitos e acesso à Justiça.

O presidente eleito elogiou a atuação da Justiça Itinerante em comunidades, prestando serviços de registro e documentação para garantir cidadania. "A Justiça deve ir aonde a população está. Queremos dinamizar ainda mais essa iniciativa."

Ele também chamou a atenção para o grande volume de processos, principalmente no primeiro grau. "Só recentemente tivemos 150 mil novas demandas. Contamos com cerca de 600 a 700 juízes de primeiro grau e 210 desembargadores no segundo. Embora o segundo grau seja muito demandado, considero que ele é o mais célere do país. Agora, a administração atual precisa investir ainda mais no primeiro grau."

Por fim, o desembargador Ricardo Couto enfatizou que sua gestão será pautada por investimentos na atividade-fim do Judiciário e por iniciativas que promovam a ressocialização de pessoas em conflito com a lei, sem esquecer a ética e a sensibilidade no tratamento de cada caso.

"Vamos equilibrar o uso dos recursos, mantendo investimentos essenciais e atuando também no plano social, quando relacionado à atividade-fim do Judiciário. E a eticidade estará sempre presente, com um processo célere e justo."

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O novo presidente do TJRJ, Ricardo Couto, ladeado pela presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basílio; e pelo ex-presidente do Conselho Federal da OAB-RJ, Marcos Vinícius | Foto: Bruno Mirandella / OAB-RJ

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O desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade com Gustavo e Bia | Foto: Rosane Naylor

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Antônio Claudio Ferreira Netto, ministro Marco Aurélio Bellizze e Paulo Sardinha | Foto: Rosane Naylor

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As juízas Juliana Lamar, Sylvia Hausen, Marianna Vaccari e Ana Lúcia Vieira com o presidente Ricardo Couto | Foto: Rosane Naylor

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Os desembargadores Ricardo Couto e Henrique Figueira | Foto: Rosane Naylor

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Os desembargadores Agostinho Teixeira, Cláudia Pires e Inês Trindade | Foto: Rosane Naylor

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As juízas Elen de Freitas e Luciana Fiala, os desembargadores Ricardo Couto e Adriana de Mello Ramos e as juízas Katerine Jatahy Kitsos e Renata Medina | Foto: Rosane Naylor

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Os ministros Ricardo Villas Boas Cueva e João Otávio Noronha com o presidente Ricardo Couto | Foto: Rosane Naylor

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O padre Sérgio Costa e o cardeal Orani Tempesta com o presidente desembargador Ricardo Couto | Foto: Rosane Naylor

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O ministro Gilmar Mendes com a desembargadora Jacqueline Montenegro e o presidente Ricardo Couto | Foto: Rosane Naylor

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O desembargador Luiz Zveiter com.o ministro Luiz Fux | Foto: Rosane Naylor

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A desembargadora Marianna Fux com as juízas Eunice Haddad e Renata Gil | Foto: Rosane Naylor

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O presidente Ricardo Couto com seus padrinhos; Fábio Uchoa, Maria da Glória Bandeira, Jacqueline Montenegro, Cristina Serra Feijó e Carlos Eduardo Roboredo | Foto: Rosane Naylor

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Os ministros Herman Benjamin (Presidente do STJ) e Marco Aurélio Bellizze com o desembargador Ricardo Couto | Foto: Rosane Naylor

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O prefeito Eduardo Paes com o governador do Rio, Claudio Castro; e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar | Foto: Rosane Naylor

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O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, com o presidente TJRJ, Ricardo Couto | Foto: Rosane Naylor

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Os juízes auxiliares; Rodrigo Moreira, João Felipe Mourão, Alessandra Bilac, Daniela Ferro, Carla Bouzo, Paula Feteira, Marcelo Martins Evaristo, João Luiz Ferraz e Bruno Bodart | Foto: Rosane Naylor