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PINGA-FOGO

SUCESSÃO DO ESTADO PASSA PELA ELEIÇÃO DA ALERJ - A sucessão de 2026 passa pela eleição da mesa da Assembleia Legislativa. O deputado Rodrigo Bacellar é candidato natural ao cargo e poderá disputar no exercício do mandato e como presidente do Legislativo. Quem conhece o parlamentar sabe que, nos últimos quatro anos, ele cresceu muito no estado, deixando de ser apenas um representante de Campos dos Goytacazes. Minimizou o estilo mais aguerrido e de confronto da primeira fase da sua presidência e passou a cultivar relacionamentos mais afetivos. A presidência da Alerj voltou ao protagonismo no comando de André Ceciliano, que só foi abatido na disputa de uma cadeira pelo Senado pela insistência do PSB de lançar Alexandre Molon, dividindo a esquerda.

Com o impeachment de Wilson Witzel, a Alerj ganhou um protagonismo gigante e soube conduzir o seu papel histórico, abrindo mão de um varejinho que maculava o legislativo. Bacellar compreendeu este seu papel e muitas vezes teve que mostrar as suas garras para defender o legislativo.

Oriundo do legislativo e eleito vice-governador pelo União Brasil, Thiago Pampolha também está de olho no Palácio Guanabara em 2026, já que o governador Cláudio Castro não concorre à reeleição. Hoje no MDB, Pampolha mantém uma relação de proximidade com Bacellar e a definição de quem será o candidato a Governador passa pela construção de um consenso. O prefeito Eduardo Paes torce por uma divisão dos opositores no processo sucessório. Os ventos que estão soprando são a favor do diálogo e entendimento. Isso é bom para o Rio.

O CALOTE DA IGUÁ PREJUDICA PREFEITURAS - Os mais prejudicados com o calote de R$ 1,8 bi no pagamento pela Iguá da parcela da outorga da concessão de saneamento são os municípios, que recebem uma parcela significativa do dinheiro.

O estado do Rio também conta com este recurso e não se negou a discutir os pleitos dos concessionários dentro de um cenário de diálogo e amigável. Todas toparam em dezembro evitar a judicialização, honrar as parcelas e procurar um consenso. Só que a Iguá roeu a corda, procurando o conflito, postergando o pagamento.

'PERSONA NON GRATA' NO GOVERNO - O ex-presidente da Cedae e atual diretor da Iguá, Leonardo Soares, foi considerado persona non grata no governo do Rio, depois de romper a sua palavra e partir para a briga. Alguns dirigentes alegam que este foi o troco de Leonardo por ter sido defenestrado da estatal.

ÁRBITRO DESIGNADO - A mediação solicitada pela Iguá já tem um árbitro designado. O nome já está na mídia. Em 2017, o coleguinha Ancelmo Gois publicou a seguinte nota: "Lúcio Funaro, o operador de Eduardo Cunha, disse em delação que teria comprado o voto de um árbitro em uma arbitragem proposta pela Schahin Engenharia contra a EIT (Empresa Industrial e Técnica). Teria supostamente pago R$ 750 mil. Os três árbitros que atuaram no caso são João Bosco Lee, Luiz Olavo Baptista e José Emilio Nunes Pinto."

ALMOÇO COM EMPRESÁRIOS - A ACRJ recebe, nesta sexta feira (24), o economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, para um almoço com empresários onde se discutirá as perspectivas econômicas para o país e o impacto da nova administração americana na economia global e brasileira. Ele será recepcionado pelo presidente da Associação Comercial, Josier Vilar.