Ex-consultor do Escritório de Armas e Crimes da ONU, o sociólogo Antônio Rangel Bandeira lamenta que as discussões sobre a criminalidade tendam a minimizar algo fundamental, o fluxo de munições.
Frisa que mesmo no caso da megaoperação nos complexos de favelas do Alemão e da Penha pouco se fala na necessidade de apurar as origens dos cartuchos usados por integrantes do Comando Vermelho. Informação essencial até para que seja desvendada a logística que abastece as quadrilhas.
"Todo mundo fala nas armas, mas pouco se comenta sobre a munição. Fuzil sem bala não serve para nada", destaca. Para ele, esse menosprezo tem a ver com ignorância, mas também com interesse.