O PT já começou a se articular internamente, visando as eleições de 2026, com a instalação do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE). Liderado pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE), ele terá três focos prioritários: articular a reeleição de Lula, ampliar as bancadas petistas na Câmara e no Senado e ficanr candidaturas fortes com aliados nos estados.

Guimarães já estabeleceu um foco: eleger, pelo manos, um senador do PT e outro de partidos aliados nos nove estados do Nordeste. Outro, seria eleger, pelo menos, um deputado federal em cada federação nacional.

A ordem é ampliar as negociações e baixar a fervura nos estados, evitando movimentos bruscos que possam prejudicar a campanha nacional.

Levantamento da Folha aponta que o PT tem pré-candidatos a governador em ao menos 11 estados e no DF. Garantidos, os governadores Jerônimo Rodrigues (BA), Elmano de Freitas (CE) e Rafael Fonteles (PI), que disputam a reeleição, além do secretário Cadu Xavier (RN).

Dentre as candidaturas ao Senado, cinco dos seis senadores cujos mandatos encerram em fevereiro de 2027 sinalizaram que vão disputar a reeleição. Paulo Paim (PT-RS) disse que não concorreria a um novo mandato, mas voltou a ser uma opção após apelos de aliados.

Na Bahia, a definição sobre a chapa para reeleição do governador Jerônimo Rodrigues vai ficar para o próximo ano. Há possibilidade de ser uma chapa puro sangue, com Jaques Wagner e Rui Costa para o Senado, mas há possibilidade de Angelo Coronel (PSD), que busca a reeleição, fazer parte da chapa. O cenário é parecido no Ceará, onde o petista José Guimarães pleiteia uma das vagas ao Senado, mas outros partidos aliados querem compor a chapa do governador Elmano de Freitas (PT). Em São Paulo, setores do governo Lula cogitam ainda para o Senado o ex-jogador Raí ou o apoio a aliadas como Marina Silva (Rede) ou Simone Tebet (MDB).

Criada em 1931 e que virou partido político em 1936, a Frente Negra Brasileira tenta voltar a ter representatividade nas urnas. Militantes de outrora e de hoje buscam na Justiça saber o que aconteceu com a sigla, que ficou extinta durante a ditadura de Vargas.

A Nova Frente, fundada em 2016, tem representantes em 20 estados e cerca de 5.000 integrantes, segundo a organização. Até hoje o alcance da agremiação é singular. Desde então, nunca o Brasil viu uma sigla partidária cuja centralidade fosse a questão racial.

Consta na lista de partidos em formação no TSE o PDA-B (Partido Democrático Afro-brasileiro), com a missão de "promover a igualdade racial, social e econômica no Brasil, valorizando a cultura afro-brasileira e combatendo o racismo estrutural", segundo o site da organização.

Para que a criação de um partido seja aprovada, uma sigla em formação precisa atualmente superar a marca de 500 mil assinaturas, distribuídas em pelo menos nove estados, dentre outros requisitos. o PDA-B tem 155 assinaturas registradas no tribunal.