O texto do projeto de anistia que o PL pretende colocar para votar nesta semana está sendo finalizado no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (RJ) e será apresentado pelo líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

O deputado afirma desconhecer o teor da proposta, mas o texto, aposta, será ainda mais amplo do que o projeto que ele preparou e divulgou no início de setembro (previa anistia para os que participaram de atos a partir de 2019, para integrantes de milícias privadas relacinadas com a política e o fim de alguns inquéritos no Supremo Tribunal Federal).

Segundo Sóstenes, a proposta beneficiará pessoas que estão no exterior ("exiladas", diz) e preservará cargos de servidores.

O líder do PL afirma ter conversado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e confia que ele colocará em pauta o relatório sobre o tema preparado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que deve prever redução de penas.

Sóstenes, então, pedirá a votação de um destaque de preferência — no caso, o próprio projeto de anistia elaborado por Flávio Bolsonaro. Caso seja aprovado, derrubaria o substitutivo de Paulinho. O líder do PL afirma ter garantindos 290 dos 257 votos que são necessários.

Sóstenes nega que a possibilidade de prisão iminente de Jair Bolsonaro seja o principal mote para a tentativa de votação da anisita.

Segundo ele, a proposta independe da situação do ex-presidente, das reações que serão geradas por sua ida para a cadeia.

De acordo com deputado, como não houve reunião do colégios de líderes na semana passada, o encontro deverá ocorrer amanhã, quando será definida a pauta desta semana.

A reunião deverá ser tensa pela decisão de Motta de designar Guilherme Derrite (PP-SP), ligado a Tarcísio de Freitas, para relatar o projeto antifacção apresentado pelo governo.

Faz sucesso na direita e do Centrão um vídeo produzido com inteligência artificial que mostra Arthur Lira (PP-AL) dançando e sorrindo ao som de "Saudade do meu ex", sucesso de Marília Mendonça. Depois da nomeaçao de Derrite, até o PT deve adotar a montagem.

O setor de supermercados está a cada dia mais preocupado com o efeito da epidemia de bets no consumo. Muita gente deixa de comprar comida para apostar — pior, como frisa um empresário, é que o dinheiro gasto vai para fora, não movimenta a economia brasileira.

Caberá a Jair Bolsonaro definir quem será o segundo candidato do PL ao Senado no Estado do Rio — o primeiro será Flávio (isso, se ele não tentar a Presidência da República). Em tese, a segunda vaga será do governador Cláudio Castro ou do senador Carlos Portinho.

O ex-presidente, porém, apoiado por Flávio, já acenou com a possibilidade de Sóstenes ficar com o posto. O líder do PL, que evita tratar do assunto, disse a Bolsonaro que prefere tentar renovar o mandato de deputado para disputar a presidência da Câmara.