Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Tarcísio volta a gerar desconfiança na direita

Governador insiste em morder e assoprar | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O suposto pedido de desculpas de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, aumentou ainda mais a desconfiança do bolsonarismo em relação ao governador de São Paulo.

Em ato de apoio a Jair Bolsonaro, Tarcísio afirmou que ninguém aguentava mais a "tirania" de Moraes. Segundo o jornal O Globo, o governador pediu desculpas de maneira reservada. Alegou que estava pressionado por apoiadores do ex-presidente.

"Ele não deveria ter feito nem uma coisa e nem outra", afirma um político do PL que pediu para não ser identificado. Assim como outros aliados, ele — ainda que no anonimato — deixa claro seu inconformismo com as idas e vindas de Tarcísio.

 

Prendeu, liberou

A prisão de Bolsonaro, que deverá ocorrer ainda neste mês, deverá causar, no campo da direita, uma liberação das articulações que envolvem a disputa da Presidência e dos governos estaduais. Até para não magoar o ex-presidente, tudo tem sido feito com discrição.

Craques no jogo

A partir da ida de Bolsonaro para a cadeia, ficarão mais claros os movimentos de dois experientes jogadores: Gilberto Kassab e Valdemar Costa Neto, presidentes-donos, respectivamente, do PSD e do PL. Neste último, a ala não bolsonarista tende a crescer.

Portinho ameaça sair do PL e conversa com outros partidos

Senador negocia com Republicanos e Novo | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

E por falar em briga na direita: ontem, num almoço na Casa ParlaMento, o senador Carlos Portinho (RJ), líder do PL no Senado, revelou que poderá deixar o partido caso não tenha direito de se candidatar à reeleição.

O Correio Bastidores apurou que ele anda de conversa com o Republicanos e com o Novo.

Em 2026, cada partido ou federação poderá lançar dois candidatos ao Senado. No caso do PL fluminense, uma delas será de Flávio Bolsonaro; Portinho quer a outra.

Seu problema é que, animado com a aprovação da operação em favelas cariocas, o governador Cláudio Castro teria voltado a pensar no Senado.