Presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PI) se comprometeu a derrubar os vetos do presidente Lula (PT) ao projeto que muda a legislação ambiental.

Em sua fala durante o Fórum Empresarial promovido pelo Lide, Nogueira elogiou o que ambientalistas classificam de PL da Devastação. Isso, pelas modificações que facilitam atividades econômicas em áreas protegidas.

Um dos 63 vetos de Lula impede o autolicenciamento ambiental para projetos classificados como de médio impacto — de acordo com o Observatório do Clima, essa designação inclui praticamente todos os empreendimentos, até mesmo barragens como as que se romperam em Minas Gerais.

Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Roberto Furian Ardenghy ressalta que o setor passou incólume às medidas decretadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. Ele não taxou as nossas exportações de petróleo.

Para ele, o maior desafio dessa indústria está relacionado à necessidade de busca e exploração de novos poços de petróleo. Segundo o executivo, se a produção não for incrementada, o país corre o risco de perder autossuficiência em 2033. "É preciso repor as reservas", diz.

Elaborado pela Firjan, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, o Relatório de Investimentos 2025-2027 mostra que a economia fluminense continua petrodependente.

Os projetos em andamento somam R$ 336 bilhões, 80% são na área de energia, que correspondem a R$ 267,8 bilhões. Deste total, 96,5% são na área de petróleo e gás

Entre os projetos da iniciativa privada, 86,4% são na área de energia, quase todos ligados à exploração offshore.

Projetos de infraestrutura que vêm sendo tocados representam 7,3%; de indústria de transformação, 5,3%; de desenvolvimento urbano, 4,5%.

Por falar na Firjan: segundo a entidade, a indústria criativa já é responsável por 3,59% do PIB nacional, e movimentou R$ 393,5 bilhões em 2023. Hoje, o Ministério da Cultura apresentará, no CCBB do Rio, novas formas de financimento federal para o setor.

Os dados da pesquisa de opinião que vêm sendo divulgados aos poucos pela Genial/Quaest reforçam a percepção de políticos mais ao centro de que Jair Bolsonaro cada vez perde mais terreno entre eleitores moderados, que não se dizem de esquerda ou de direita.

Em dezembro, 45% dos integrantes desse grupo de nem direita nem esquerda disseram acreditar que o ex-presidente participara da tentativa de golpe; agora, são 58%. O índice dos que não identificavam sua atuação na trama caiu de 33% para 25%.

Esses dados têm sido acompanhados de perto por partidos de viés conservador, como os do Centrão e ajudam a explicar o aumento da movimentação de pré-candidatos de direita à Presidência. Todos em busca de se viabilizarem como bolsonaristas e moderados.