A ofensiva de viés governista nas redes sociais contra o Congresso gerou piada em Brasília: "O Planalto gerou seu gabinete do ódio" — referência ao grupo que, no mandato de Jair Bolsonaro, produzia vídeos e fake news contra a esquerda e o PT.

O último round foi a criação, no Tik Tok, de perfil chamado brasilsatiradopoder, dedicado a ironizar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chamado de "deputado Hugo Nem Se Importa".

Vídeos produzidos por inteligência artificial ironizam medidas como o aumento no número de deputados e a derrubada dos vetos presidenciais ao projeto que criou "jabutis" que vão encarecer a conta de luz. O bordão do personagem é "Fala meu povo escravo do trampo".

Criado há seis dias, o perfil ironiza a resistência do Congresso em aprovar aumentos de impostos para mais ricos e o jantar oferecido pelo ex-governador João Doria a Motta. Uma das cenas mostra Nem Se Importa bebendo uísque da garrafa, como fez o deputado.

Embora não sejam assinados pelo governo, os vídeos, assim como os publicados pelo PT, partem de um pressuposto, como o aferido pela pesquisa do Poder Data: a aprovação à Câmara e ao Senado é ainda menor que a atribuída pelos entrevistados ao trabalho de Lula.

O Planalto festejou o fato de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ter dito que o governo tem legitimidade para recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra a derrubada do aumento do IOF.

Para os governistas, a declaração indica que setores importantes do Congresso estão preocupados com a decisão de Lula de acusar parlamentares de jogarem a favor dos mais ricos e contra os pobres.

O governo avalia que não seria bom estender a briga por muito tempo, mas acredita que conseguiu dar uma boa resposta e, assim, viabilizar a retomada das conversas com o Congresso numa posição mais equilibrada.

As confederações nacionais da Indústria, do Transporte e do Comércio e a Federação das Indústrias do Paraná entraram na briga do IOF. Pediram ao STF para participarem, como amigas da corte, da ação movida pelo governo contra a decisão do Congresso.

As entidades defendem a legalidade do decreto legislativo aprovado pelo Congresso que revogou o aumento do imposto. As confederações sugerem uma solução negociada (na terça, o Correio Bastidores antecipou que o STF avaliava essa possibilidade).

A PUC-Rio comemora a manutenção do título de melhor universidade privada do país segundo o QS World University Rankings 2026. Ficou também entre as cinco principais do Brasil. O resultado reforça a luta da instituição pelo direito de criar o curso de medicina.

A autorização tem sido negada pelo Ministério da Educação com base numa regulamentação que impede criar novos cursos de medicina em cidades em que haja uma grande concentração desses profissionais. A PUC-Rio tem pós-graduaçao na área há 70 anos.