O presidente Lula tem dito que está "preparado para bater de frente" na campanha eleitoral de 2026 com o que chama de representantes das elites no Congresso e na mídia".

Ele tem citado seguidamente o Relatório Global de Riqueza 2025 do banco suíço UBS. O levantamento, divulgado na semana passada, apontou que o Brasil é o país com maior número de milionários da América Latina, mas tem, junto com a Rússia, o pior nível de distribuição de renda entre os 56 países pesquisados.

"Essa elite é muito atrasada. Vai perder a eleição se ficar defendendo corte no andar de baixo e subsídios para os ricos. Não tenho medo nenhum de enfrentá-los. Assim eu vou pro pau", é o que comenta o presidente da República.

Está na pauta do Senado desta quarta-feira (25) o projeto de lei complementar (PLP) número 177/2023. Propõe um aumento no número de deputados federais de 513 para 531. Já foi aprovado na Câmara e custará mais R$ 64,6 milhões por ano aos cofres públicos.

Um dos maiores aliados da chamada "Faria Lima", o ex-presidente da Câmara Arthur Lira apresentou relatório com aumento do limite da faixa isenta de tributação no Imposto de Renda para R$ 2.428,80. Disse: o Congresso está atento a "proteger a renda do trabalho".

Com a entrada dos Estados Unidos na guerra entre Israel e Irã, a diplomacia brasileira simplesmente perdeu a bússola na definição de cenários futuros para o conflito.

Já estava complicado analisar o resultado de um possível vazamento radiativo nas instalações destruídas pelos EUA.

Tudo piorou com o que os diplomatas consideram uma loucura: o ataque do Irã a bases militares norte-americanas. Pura provocação sem efetividade.

Agora o que se diz é que as consequências são imprevisíveis. Vão desde a conflagração de um conflito mundial à capitulação iraniana, passando por um inesperado recuo de Donald Trump.

E para confundir ainda mais, depois de ter suas bases militares atacadas pelo Irã, Donald Trump agradeceu aos aiatolás terem-no avisado antes. E ainda anunciou uma trégua na guerra que, segundo ele, teria sido "a guerra de 12 dias". Os ataques? De mentirinha.

Se a diplomacia brasileira está confusa com a guerra, o governo, então, nem se fala. Lula recebeu conselhos para bater sem dó nos EUA e em Israel e, também, para agir com moderação. A quem apoiar, se a briga é um teatro que envolve até árabes contra árabes?

Até mesmo o início da guerra é motivo de discussão. Para Israel, engana-se quem pensa que a guerra contra o Irã começou agora. Teria começado em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, matou 1,2 mil pessoas e sequestrou 250: foi insuflado pelo Irã,

Benjamin Netanyahu diz que Israel ataca o Irã para acabar com o regime dos Aiatolás. Deveria, então, proteger a oposição iraniana. Mas ao destruir a prisão para onde os aiatolás mandavam seus principais adversários, Israel na verdade matou aliados. Dá para entender?