O PSDB prepara a refiliação ao partido, em grande estilo, do ex-governador do Ceará Ciro Gomes, que também foi ministro da Fazenda e da Saúde.

A princípio, Ciro deve concorrer ao governo do Ceará. A ideia é romper a polarização no estado entre petistas e bolsonaristas.

Ciro vai poder dizer que é "um autêntico social-democrata", como um dia foi o PSDB, antes de o partido dar uma guinada para a direita.

Os tucanos não descartam a ideia de fazer de Ciro o candidato a presidente da República em 2026. Depende dele próprio e de como estará a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ciro tem dito que não quer ser candidato, afinal já perdeu tantas eleições para presidente.

No PSDB, há quem avalie que Ciro Gomes pode ser colocado como a opção de terceira via, com eleitores em ambos os lados. Teria menos resistência à direita e à esquerda do que, respectivamente, Lula e Bolsonaro.

É uma incógnita. Não foi testada nas pesquisas.

Outro pooblema para a eventual candidatura de Ciro Gomes é o governador de São Paulo. Se Bolsonaro ungi-lo candidato, fecha-se o caminho para Ciro. Mas, se Bolsonaro insitir em seus filhos, a avaliação no tucanato é de que Ciro pode se tornar o nome da Faria Lima.

A oposição aposta todas suas fichas na Comissão Parlamentar Mista (CPMI) do INSS para o segundo semestre deste ano.

A ideia é que a CPMI tem todos os ingredientes para minar a popularidade do presidente Lula

Por isso os bolsonaristas fizeram de tudo e conseguiram arrancar do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), a instauração da comissão.

O centrão aproveitará para cobrar mais caro o apoio aos dois lados.

O líder do governo, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse à coluna que o Planalto escalará "o time principal" para a CPMI: "Vamos entrar com força total em campo. Sem subestimar o adversário."

Por recomendação da PGR, o ministro do STF Flávio Dino restabeleceu validade de um relatório do Coaf anulado pela Justiça Federal de São Paulo. O relatório trata de fraudes no INSS que aliados do governo federal já pretendem integrar às investigações da nova CPMI.

Quanto ao comando da CPMI, está praticamente acertado com Alcolumbre que a vaga é do senador Omar Aziz (PSD-AM).

Aziz presidiu a CPMI da Covid. Atuou como um verdadeiro paredão contra o bolsonarismo. A expectativa é que atue de forma semelhante agora.

O ministro Gilmar Mendes foi eleito presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal. Ficará um ano no cargo.

A 2a Turma é integrada, além dele, pelos ministros Edson Fachin - a quem Gilmar sucede - Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques.

A descoberta de mensagens trocadas entre Mauro Cid e um advogado de outro envolvido nas investigações de golpe de Estado não deve mudar quase nada no processo.

Foi o que disse à coluna um ministro do Supremo Tribunal Federal: "Sem grandes consequências"