O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse à coluna que não tirou férias. Mas ele admite que não estará em Brasília nesta semana.

Com o feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (19), a semana da política em Brasília só vai até a quarta-feira.

Haddad diz que ficará monitorando a economia por São Paulo.

Ele aproveitou a semana mais curta para marcar uma série de exames médicos, um check up.

"Eu não tiro férias. Na verdade, infelizmente até hoje não tive como tirar férias", brincou.

O único problema é que a oposição também não tira férias e nem costuma folgar. A semana promete um esforço concentrado oposicionista para votar medidas contra o governo no Congresso.

A oposição obrigará o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a instaurara CPMI das fraudes no INSS. Também votará aumento de gastos, como permitir que parlamentares acumulem o salário com a aposentadoria e aumentar de 513 para 531 o número de deputados.

Mas quem disse que os parlamentares não folgam? Curtirão as festas juninas na semana de 23 a 27 de junho. E o 13ª Fórum Jurídico do Brasil, em Lisboa, levará ao menos 50 políticos para curtir fados por mais uma semana na terrinha, entre os dias 2 e 7 de julho.

Com a votação do mérito do projeto da oposição na segunda semana de julho, a derrubada do atual decreto do governo de ampliação das alíquotas do IOF pode ter um resultado pior do que o esperado.

"Em tese, após derrubarmos este decreto, passa a valer o texto anterior do governo, que é pior ainda. Mas nós pretendemos, logo após, votar a derrubada do outro", disse o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).

O primeiro decreto elevou as alíquotas de diversas operações financeiras. Mas o governo recuou e editou novo decreto com ajustes menores nos valores que podem ser revogados agora pela Câmara.

O ex-presidente Jair Bolsonaro anda preocupado com rachaduras entre seus aliados. Acha que sua prisão pode agravar o quadro.

Cobrou do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que programe conversas para fixar um discurso unificado no partido.

O problema não é só dentro do PL. Eduardo Bolsonaro, o filho 03 do ex-presidente, está cada vez mais convencido de que será ungido candidato a presidente pelo pai.

Mas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro já está se movimentando junto a Tarcísio Vieira.

Outro foco de preocupação do clã Bolsonaro é o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

A família identificou movimentos do mineiro para se fazer candidato a presidente em 2026.

Eduardo Bolsonaro é o que está mais irritado entre os filhos de Jair

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sabe que o fato de ser o candidato preferido da elite paulista é o elemento de maior irritação com seu nome dentro do clã bolsonarista.

Por conta disso tem tentado se manter o mais calado possível.