Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Oscar: Portinho diz ter recebido mais elogios

No X, críticas ao senador foram maiores | Foto: Pedro França/Agência Senado

Aliado de Jair Bolsonaro, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirma ter recebido "mais elogios que patrulhamento" pelo post em redes sociais em que comemorou o Oscar para "Ainda estou aqui". Ao Correio Bastidores, ressaltou que a cultura é o seu "berço".

Mas ontem, no seu perfil do X (ex-Twitter), havia 28 comentários críticos à postura e oito elogios. Pessoas que não perdoaram o post do senador escreveram frases como "Tá de sacanagem?? Um filme que cubra a história de um guerrilheiro??", "Que vergonha comemorar filme lacrador e mentiroso", "Fale por si, filme com viés comunista, dirigido por comunista bilionário e interpretado por comunista", "Nojo, vergonha… um Óscar (sic) pago pela USAID (...)".

 

Erros

Alguns, porém, ressaltaram o que consideram uma vitória do Brasil. À coluna, Portinho disse que erra quem mistura "política com cultura". "Erram os mais extremados de direita, erram os artistas como a própria Fernanda Torres e o Walter Salles (diretor do filme)".

Concorrência

Eleito suplente em 2018, Portinho assumiu a cadeira com a morte do titular. Ele tenta garantir, no PL, o direito de disputar a renovação do mandato em 2026. A parada é dura: uma das vagas ao Senado será de Flávio Bolsonaro; o governador Claudio Castro quer a outra.

Oposição quer que governo pague emendas antigas

Flávio Dino aceitou plano para liberar verbas | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A oposição quer esperar pra ver os efeitos da decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que homologou o plano de trabalho encaminhado pelo Congresso e pelo governo para liberar boa parte das emendas parlamentares.

Na avaliação desses parlamentares, não basta o plenário da corte referendar a medida tomada por Dino para que o Congresso destrave a votação do Orçamento de 2025,

Antes, o governo terá que pagar as emendas que foram retidas pelo freio de arrumação aplicado pelo próprio STF. Pelas contas de Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, a pendura das emendas chega a R$ 9 bilhões.

Pressa

Apesar de ter usado o orçamento como moeda de troca pela liberar emendas — o que reforça a ideia de tabelinha entre Dino e Lula —, o Congresso quer fazer logo a votação. Afinal, sem orçamento aprovado, não há emendas ao orçamento — pois, como diriam os lusos.

Pela esquerda

Um deputado petista vê na ida de Gleisi Hoffmann para a articulação política e a eventual nomeação de Guilherme Boulos (Psol-SP) para o ministério como tentativas de Lula de marcar posições à esquerda. Ressalta que a direita tem sido firme na defesa de suas teses.

Greve do 6 X 1

De maneira sutil, o verador carioca Rick Azevedo (Psol) começou a falar em greve no dia 2 de maio para forçar a aprovação da emenda constitucional que prevê o fim da escala de de apenas uma folga a cada seis dias de trabalho. Em redes sociais, fala em "feriadão prolongado".

Feriadão

O 1º de Maio cairá numa quinta-feira, o que facilitaria a paralisação. Em situações como essa, governos tendem a decretar ponto facultativo no dia útil entre feriado e fim de semana. A PEC contra a escala 6 X 1 foi apresentada pela deputada Érika Hilton (Psol-SP).