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Há 18 anos, nenhum técnico do Iphan visita o local

Parece inacreditável, mas a última vez que algum técnico ligado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, esteve na Fazendinha JK está para completar duas décadas.

E o órgão foi consultado pela família, oficialmente, por três vezes, se poderia ser estudado o seu tombamento. Por três vezes, o Iphan negou.

"Eles afirmaram que que não veem apelo histórico, cívico ou cultural aqui na Fazendinha JK. Não sei se eles entenderam mesmo o valor deste local", complementa a proprietária.

Mas a coisa pode ainda piorar, caro leitor. Segundo o casal Servo, nenhum governador - seja de Goiás ou do Distrito Federal - esteve lá nas últimas três décadas.

"É algo inexplicável", confidencia a gestora do espaço, com ares de incredulidade. "É tão perto de Brasília, o acesso é fácil. Mas ninguém vem, nem para prestigiar o fundador de Brasília."

Segundo ela, Goiás diz que a responsabilidade por cuidar de lá é de Brasília, pois faz parte da história da Capital Federal. Já o DF diz que não pode fazer nada, porque a Fazendinha JK está em solo goiano. E neste "ninguém pode, ninguém faz", o local está ao largo dos cuidados oficiais...

A coluna pergunta sobre a visita dos parentes de JK, como netos e bisnetos. "A Ana Cristina Kubitschek, que é esposa do Paulo Octávio e responsável pelo Memorial JK, passou parte da infância por aqui. Mas a gente não tem recordação de ela voltando por aqui", afirma Rosana.

Ano que vem, completam-se 50 anos da morte de JK. O casal Servo ainda não pensou em nenhum evento para marcar esta data ("A gente sempre comemora é o aniversário dele, em 12 de setembro"), mas sonha com a possibilidade de a última residência do presidente Juscelino Kubistchek se tornar patrimônio. "Imagina... Seriam as melhores bodas de ouro possíveis. Seria uma linda homenagem a mais este sonho de JK", confidencia.

"Brasilianas" aqui faz votos que "Oxalá, assim o seja!"