O governador do DF é o atual presidente do Fórum Nacional dos Governadores. Proposta da reunião foi feita pela vice, Celina Leão, durante reunião com secretários do DF
O governador Ibaneis Rocha (MDB) estuda reunir todos os seus 26 colegas governadores, em Brasília, numa reunião extraordinária do Fórum Nacional dos Governadores, do qual ele é o atual presidente.
Segundo disse ontem o secretário Gustavo Rocha, chefe da Casa Civil do DF, a reunião está sendo agendada para a próxima semana. A fala do secretário foi pela manhã, durante entrevista à entrevista à Rádio Bandeirantes. Até o fechamento desta edição, o encontro ainda não havia sido confirmado pelo Palácio do Buriti.
"Temos 27 governadores muito capacitados, são 27 cabeças pensantes que podem ajudar a buscar uma saída", afirmou o secretário Gustavo Rocha. Segundo ele, é de interesse de todos os governadores a busca por uma solução, "pois todos terão suas economias afetadas pelo anunciado tarifaço".
Ainda de acordo com ele, uma das conclusões do grupo é, se for o caso, irem aos Estados Unidos para tentar negociar diretamente com o governo Trump. "A rigor, esta é uma tarefa do Governo Federal e do Ministério das Relações Exteriores", completou o secretário - sem desconsiderar a possibilidade de o grupo trabalhar também em conjunto com o governo Lula.
Sugestão foi da vice, Celina
"Brasilianas" apurou que partiu da vice-governadora, Celina Leão (PP), a sugestão para Ibaneis Rocha promover a reunião com os demais governadores. A conversa aconteceu na última segunda-feira (21), na Residência Oficial de Águas Claras, quando Ibaneis reuniu os secretários de Estado e os presidentes de empresas do Distrito Federal com o objetivo de definir as ações para o segundo semestre deste ano.
Segundo este colunista apurou, Ibaneis gostou da proposta e se propôs a até mesmo tentar agendar um encontro direto de uma comitiva de governadores com o presidente dos Estados Unidos.
Reunião quebra silêncio do GDF
A tentativa de Ibaneis Rocha de reunir os governadores de todo o país quebra um estranho "pacto de silêncio" do Governo do Distrito Federal, observado nos últimos dias. Diferentemente de vários outros governantes, que estão chamando o setor produtivo para discutir alternativas ou soluções, o GDF se manteve quieto.
"Brasilianas" vem há dias questionando as secretarias de Estado sobre dados e eventuais ações por parte delas, para enfrentar o possível problema.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF (que tem no nome a auto-explicação de sua finalidade) se esquivou de comentar. Repassou a tarefa para a Secretaria de Economia do DF, que disse não ter nada com a pauta, porque cuida das contas internas do governo, e não do relacionamento econômico fora do DF.
Apenas o chefe da Casa Civil (ontem) é que tratou do tema - ainda que sem ter delegação para tal. Como ele foi questionado sobre o tema, ao vivo, durante a entrevista, não pôde se esquivar.
