Modelo de distribuição de renda adotado pela gestão Ibaneis Rocha (MDB) já tem seis modalidades
Um dos principais impactos esperados com o Cartão Uniforme Escolar é o fortalecimento da economia local, com geração de emprego e renda no setor de confecção, especialmente entre micro e pequenas empresas lideradas por mulheres.
Para o deputado Ricardo Vale - que propôs o cartão para o uniforme escolar -, o projeto representa a união entre educação e desenvolvimento econômico. Segundo ele, "o governo fornece o recurso, a família escolhe o melhor momento para comprar e as empresas da cidade se beneficiam. É um modelo que beneficia a todos".
O presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido Freire - autor da ideia do Cartão Material Escolar, em 2019 - comemorou mais esta conquista. "Valoriza a empresa local, movimenta o comércio e a indústria local. Gera impostos, gera empregos, é tudo o que precisamos", disse.
Executado pela Secretaria de Educação (SEEDF) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), o benefício oferta R$ 320 aos estudantes da educação infantil e ensino fundamental e R$ 240 aos que cursam o ensino médio. Em 2019, a iniciativa beneficiou mais de 64 mil alunos com orçamento de cerca de R$ 20 milhões. Desde então, os números cresceram significativamente, alcançando mais de 175 mil estudantes em 2024, com aporte na ordem de R$ 54 milhões.Neste ano, um novo recorde deve ser registrado: a previsão é que sejam atendidos 200 mil discentes, um crescimento de 15%, com um investimento de R$ 58 milhões.
Vulnerabilidade social
Esse modelo de cartão de pagamento de benefício direto foi ampliado. Hoje, ele é usado para a compra do gás de cozinha. Existe ainda o Cartão Prato Cheio, benefício social do DF destinado a famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional. O programa fornece um crédito mensal de R$ 250 (que passará para R$ 280 em setembro) para compra de alimentos em estabelecimentos credenciados. O objetivo é garantir o acesso à alimentação adequada para famílias em situação de vulnerabilidade.
Também há um outro cartão, o DF Social. Ele é um benefício financeiro mensal de R$ 150,00 oferecido pelo GDF para famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único e residentes no DF. O objetivo é garantir um auxílio financeiro para famílias em situação de vulnerabilidade social, com renda per capita de até meio salário mínimo.
Esses novos modelos de distribuição dirigida de renda e de apoio a famílias em vulnerabilidade também tem outro expoente: o Cartão Material de Construção. Este programa oferece um cartão, com auxílio de R$ 15 mil, para famílias de baixa renda em situações de emergência ou calamidade que precisem reconstruir suas moradias após eventos como incêndios, enchentes, vendavais e deslizamentos.
Este cartão, lançado em final de maio e também operacionalizado pelo BRB, possui função débito e permite a compra de materiais de construção em empresas credenciadas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab).