Por: William França

BRASILIANAS | Camelôs permanecem na Rodoviária por mais 30 dias

Os ambulantes foram removidos da plataforma inferior, e agora ocupam tendas em frente ao Teatro Nacional | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O GDF ainda não achou uma solução para os camelôs que ocupavam o terminal rodoviário e agora estão em tendas, em frente ao Teatro Nacional

Dentro do contrato de concessão, caberá à Catedral explorar os estacionamentos do chamado "complexo da Rodoviária", que inclui os estacionamentos superiores e inferiores próximos ao Conjunto Nacional e ao Conic, no Setor de Diversões, que serão modernizados e passarão a ser rotativos. As três áreas somam 2.902 vagas, sendo 1.179 vagas no SDN, 1.015 vagas no SDS e 708 vagas na plataforma superior. A concessionária poderá explorar diretamente ou terceirizar a gestão dos espaços.
Segundo a Catedral, ainda não há data para começarem a serem cobrados os estacionamentos. A concessionária afirma que são necessárias algumas obras para que possam dar suporte à instalação das bilheterias. A previsão é de que custe R$ 5 a hora.
Ainda que quisesse, a Catedral não teria como explorar a totalidade dos estacionamentos. Os localizados na parte superior, voltada para o Teatro Nacional, estão servindo de abrigo para tendas, improvisadas, que abrigam cerca de 100 vendedores ambulantes que se cadastraram junto ao Sebrae e pretendem deixar a informalidade.

Sem solução à vista

Inicialmente, no início de março, o GDF pediu que eles ficassem na área próxima ao Conjunto Nacional. Houve forte reação dos empresários e eles mudaram para o outro lado. Na época, o GDF prometeu uma solução antes do aniversário da cidade, que foi em 21 de abril.
Agora, na virada da gestão, "Brasilianas" apurou que a Secretaria de Governo do DF - que está à frente dessa tarefa - pediu mais 30 dias para encontrar uma solução.
Até o momento, não há um cenário de possível acordo entre as partes. Os ambulantes não querem deixar a região central, que por sua vez, não prevê um camelódromo. Já se falou dentro do GDF até mesmo de reabrir o antigo Shopping Popular, perto da antiga Rodoferroviária.
O local está abandonado, depois de a União retomar o terreno. Além disso, há uma dívida de mais de R$ 400 mil com a concessionária de energia e nem há como religar o serviço, porque os cabos foram furtados.