BRASILIANAS | Comércio e serviços no DF crescem acima da expectativa e da média nacional

Segundo o balanço anual divulgado pelo IBGE, o varejo da capital cresceu 5,8%, enquanto o setor de serviços registrou alta de 5,1%. Ambos os índices superaram as médias nacionais, de 4,7% e 3,1%, respectivamente, e representaram o melhor desempenho dos últimos dez anos, considerando os ajustes sazonais

Os setores de comércio de bens e de serviços do Distrito Federal apresentaram um desempenho superior ao esperado em 2024, superando a média nacional. Segundo o balanço anual divulgado pelo IBGE, o varejo da capital cresceu 5,8%, enquanto o setor de serviços registrou alta de 5,1%. Ambos os índices superaram as médias nacionais, de 4,7% e 3,1%, respectivamente, e representaram o melhor desempenho dos últimos dez anos, considerando os ajustes sazonais.

Em dezembro de 2024, o volume de vendas no comércio varejista do Distrito Federal teve um crescimento de 4,2% em relação ao mês anterior. Esse resultado compensou a retração de -2,5% registrada em novembro. Na comparação com dezembro de 2023, o varejo do DF apresentou um crescimento expressivo de 6,0%. Já no cenário nacional, o índice mensal foi negativo, com queda de -0,1%.

Em relação a novembro, 20 unidades da federação tiveram queda nas vendas. Na passagem de novembro para dezembro, as vendas do comércio varejista mostraram recuo em 20 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá (-9,3%), Espírito Santo (-6,2%) e Roraima (-5,5%). Por outro lado, pressionando positivamente, ficaram sete estados, destacando-se Distrito Federal (4,5%), Rio de Janeiro (2,9%) e Pernambuco (1,4%).

No setor de serviços, houve expansão de 0,8% em dezembro em relação a novembro na capital. Na comparação anual, entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, a alta foi de 5,7%. No acumulado do ano, o DF registrou o sexto melhor desempenho no país, ficando atrás apenas de estados como Amazonas (10,2%), Amapá (7,7%), Rio Grande do Sul (6,2%) e Santa Catarina (6,1%).

O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, destacou os fatores que contribuíram para o bom desempenho econômico da capital. "O aumento da massa salarial e a queda no desemprego, que bateu recorde com mais de um milhão de trabalhadores formais, sendo a maior parte no setor de comércio e serviços, impulsionaram a economia e impactaram positivamente o consumo", afirmou.

Freire também ressaltou que o desempenho registrado em 2024 traz perspectivas otimistas, principalmente para o varejo. "Nos últimos dez anos, tivemos apenas três períodos de crescimento no comércio de bens: 2022, com 2,8%; 2019, com 0,7%; e 2014, com 0,1%", acrescentou.

Já no varejo ampliado a variação nesse indicador teve resultados negativos em 19 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá (-12,6%), Mato Grosso (-6,5%) e Espírito Santo (-4,7%). No sentido inverso, pressionando positivamente, figuraram oito estados, podendo ser destacados Distrito Federal (3,1%), Bahia (1,9%) e Sergipe (1,7%).

Comércio de bens

Das oito atividades econômicas pesquisadas, seis apresentaram crescimento em 2024:

• Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: 14,1%
• Móveis e eletrodomésticos: 12,5%
• tecidos, vestuário e calçados: 9,2%
• Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 6,7%
• Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 5,3%
• Livros, jornais, revistas e papelaria: 3,5%

 Por outro lado, dois setores registraram retração:

•  Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: -37,3%
• Combustíveis e lubrificantes: -0,3%

No comércio varejista ampliado, todas as atividades cresceram, com destaque para:

•  Veículos, motocicletas, partes e peças: 16,9%
• Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo: 14,7%
• Material de construção: 2,4%

 Setor de serviços

No setor de serviços, três das cinco atividades pesquisadas registraram crescimento em 2024, com destaque para:

•  Serviços de informação e comunicação: 13,7%
• Serviços profissionais, administrativos e complementares: 8,2%
• Outros serviços: 6,5%

 Por outro lado, os segmentos com desempenho negativo foram:

• Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -7,4%
• Serviços prestados às famílias: -1,7%