Por: William França

BRASILIANAS | DF não registrou nenhuma morte por dengue em janeiro

Celina Leão: 'Trabalhamos muito ano passado, desde a contratação de mão de obra, investimento em tecnologia, continuamos no programa do dia D, combatendo o descarte irregular de lixo' | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

No mesmo mês, ano passado, foram registradas 64 mortes. Celina Leão destaca redução de 95% dos casos de dengue no DF. Vice-governadora destaca medidas de combate à doença adotadas pelo GDF

O Distrito Federal não registrou nenhuma morte provocada pela dengue, segundo o Painel da Dengue, que é coordenado pela Secretaria de Saúde do DF e que reúne dados, em tempo real, sobre a situação da endemia no Distrito Federal. No ano passado, no mês de janeiro, foram registradas 64 mortes.
A ausência de mortes no primeiro mês do ano havia sido registrado em 2023 e em 2021. Em 2022, houve 1 morte e em 2019 e em 2020 houve duas mortes, em cada ano.
Se forem observados os casos prováveis da doença no DF, em janeiro deste ano foram registrados 1.836 casos - uma redução de 260% no número registrado em janeiro de 2024, que marcou o início da epidemia, quando foram registrados 48.412 casos.
Janeiro de 2025 retoma o padrão da doença antes de ser registrado a epidemia, só superando os casos registrados em 2021 (que coincidiu com a pandemia da Covid-29). Em 2020 foram registrados 1.945 casos prováveis.

 

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Dados relativo ao mês de janeiro no Painel da Dengue | Foto: Painel da Dengue/SES

Celina Leão comemora

“Com todo um esforço coletivo, nós conseguimos reduzir em 95% os casos de dengue na capital”, afirmou a vice-governadora Celina Leão (PP). Ela apontou medidas adotadas pelo Governo do Distrito Federal que permitiram bons resultados contra a doença na capital federal.
“Trabalhamos muito ano passado, desde a contratação de mão de obra, investimento em tecnologia, continuamos no programa do dia D, combatendo o descarte irregular de lixo”, destacou.
Em evento promovido pelo jornal "Correio Braziliense", semana passada, a vice-governadora avaliou os caminhos que devem ser tomados para que não haja uma epidemia. “São várias ações permanentes por parte do Governo do Distrito Federal, que também conta com o e-Dengue, iniciativa que monitora todos os dados referentes à doença para que a gente não venha a ser surpreendido com nenhum tipo de epidemia esse ano aqui no DF”, acrescentou Celina Leão.
Para 2025, a vice-governadora salientou a continuidade do trabalho, tendo a prevenção como foco principal do governo. “Apesar da queda, nós ainda temos a circulação de outras tipologias, de outros tipos de dengue no Brasil, então ainda é um momento de atenção. Aliás, a saúde pública sempre é um assunto que exige máxima atenção”.

Relato das ações do GDF

A vice-governadora também reforçou que o descarte irregular de lixo e entulho em locais inadequados é um dos principais fatores para a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, especialmente durante o período chuvoso. Para combater essa prática e reduzir os casos crescentes da doença, o GDF, em parceria com as administrações regionais, reforçou a aplicação de multas a quem joga lixo nas ruas de maneira irregular, que podem chegar a até R$ 28 mil.
“O descarte regular de lixo não traz só a dengue, mas também alagamento, enchente e outras patologias. O poder público tem uma missão, mas cada pessoa também é responsável por manter a cidade limpa e saudável”, salientou.
A secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, apontou um reforço da força de trabalho no combate à dengue, com a nomeação de agentes da vigilância ambiental (Avas). “Hoje nós temos 815 Avas, 1.200 agentes comunitários de saúde, que são o grande elo entre a unidade básica de saúde e a população, e caminhamos também em direção à implementação de mais tecnologia para auxiliar nesse trabalho”, destacou Lucilene.
Sobre o processo de vigilância e trabalho em campo, a secretária destacou uma equipe preparada para atuar. “Temos um decreto que permite a entrada dos profissionais nas residências que não foram abertas e que estão sem morador, além disso nós estamos buscando e mapeando os acumuladores, trabalhando com os administradores”, completou.
A secretária apontou, ainda, a aquisição de drones para ajudar no trabalho da pasta. “Os equipamentos vão atuar em um raio extenso de hectares para que possamos mapear e detectar pontos de criadouros de mosquitos, para agir sobre eles”.

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Dispositivos foram instalados em imóveis comerciais e residenciais do Núcleo Bandeirante e auxiliam no monitoramento da infestação do mosquito, direcionando ações de controle na região | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Colabore no combate à dengue

Encontrou resíduos descartados em áreas públicas próximas à sua casa? Você pode fazer uma denúncia pela Ouvidoria do GDF. Basta registrar a ocorrência no Disque 162 ou pelo site Participa DF. Não se esqueça de incluir o endereço completo e, se possível, anexar fotos do local.