Baiano de Irará, o cantor e compositor Tom Zé pode ser considerado o último dos tropicalistas. Surgiu para a cena musical brasileira ao lado dos conterrâneos Caetano Veloso, Gal Costa (1945-2022), Gilberto Gil e Wally Salomão (1943-2003); do letrista piauense Torquato Neto (1944-1972) e dos paulistas do trio Mutantes. Do alto de seus 88 anos e de extensa discografia, o artista vive em constante renovação. Neste sábado (12), ele apresenta no palco do Circo Voador show em que passeia por clássicos de quase 60 anos de estrada.
Do alto de seus 88 anos, o artista é sinônimo de talento, um talento moldado pela ousadia e criatividade. Ele segue experimentando linguagens, estéticas e poéticas numa discografia expressiva.
Mas houve um tempo que o tropicalista esteve ofuscado e foi redescoberto pelas novas gerações graças a um acaso do destino. Depois de passar as décadas de 1970 e 1980 trabalhando seu pop experimental em álbuns herméticos e concentuais que não atraiam a atenção do grande público, foi "descoberto" pelo músico David Byrne (ex-Talking Heads) que, visita ao Rio, comprou num sebo um desses trabalhos - o álbum "Estudando o Samba" (1970). O estadunidense viu no baiano um artista de vanguarda e lançou sua obra nos Estados Unidos, com grande sucesso de crítica.
Lentamente sua carreira foi se recuperando aqui e lá fora. Hoje, Tom Zé é aclamadíssimo por onde se aprseenta.
SSERVIÇO
TOM ZÉ
Circo Voador (Rua dos Arcos s/nº - Lapa)
12/7, a partir das 20h (abertura dos portões)
Ingressos: R$ 160 e R$ 80 (meia)