Por ser muito jovem, a velha guarda da política tem deixado de colocar a lupa sobre o futuro imediato do deputado Nikolas Ferreira no cenário de 2026. Ele representa o grande fato novo da política, muito além do bolsonarismo raiz. Ele utiliza dois elementos raros no cenário do radicalismo político, tanto na esquerda como na direita: a coerência e a lucidez.
A sua capacidade de comunicação não é um fenômeno. É sólida. O parlamentar consegue traduzir e condensar o sentimento coletivo. Ele materializa o que todos gostariam de dizer e faz isso de forma sucinta e certeira.
Para 2026, ele seria um nome ideal para vice-presidente, ou até para presidente, apesar do limite da idade mínima de 35 anos para os dois cargos, que pode ser alterado com emenda constitucional. Ele é uma versão verde amarela do que foi Emmanuel Macron no seu primeiro mandato ou Justin Trudeau como primeiro-ministro do Canadá. Ele é um dos maiores puxadores de voto da direita.
A juventude de Nikolas é um combustível para a renovação da direita, não como um fenômeno ou cometa, mas como um político coerente, experiente e vivido, uma maturidade precoce fruto do preconceito que enfrentou da oposição, exatamente por ser jovem foi capaz de responder com altivez todos os ataques que sofreu. É exatamente esta juventude e renovação que falta na política brasileira e, especialmente, na direita. Os ventos que vêm das Gerais apontam que ele não é uma esperança ou um nome do amanhã. O futuro chegou e ele tem que ser observado sem preconceitos e a sua precocidade tem que ser levada muitíssimo a sério.