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Minha doce amiga Anna

Quando uma notícia dessas chega assim tão de repente o coração quer pular do peito.

Mas como? A criatura mais doce do mundo, mais afável, mais bem humorada e educada, sempre e sempre solidária aos amigos. Isso só pode ter acontecido com aquela tia velha rabugenta... Mas não, foi com ela mesma...Minha amiga há mais de 50 anos, minha parceira de jornalismo com quem dividia e sabia das notas da turma que circulava em nosso meio.

A saudade aperta ainda mais o meu peito com a lembrança de quando abri pela primeira vez o Instituto na Urca. Gilda Taunay e ela foram as duas únicas convidadas. E de pronto se esforçaram a me convencer de que aquele sítio privilegiado embaixo do morro da Urca teria que ser para o desfrute dos artistas e escritores. E não apenas para a high society tal como fazia o dono anterior, o boa praça Júlio Senna.

Aceitamos os três as rígidas regras da dupla querida de amigas. Foi quando Anna Maria sacou de sua bolsona Hermes garrafinha do mais caro champanhe francês. E decretou com toda graça possível: vivam os intelectuais doravante aqui!Sem desejar por certo que os amiguinhos do society se exilem em Bangu e só possam tomar cervejotas quentes.

Ah Anna Maria... Você foi das melhores coisas que apareceram em minha vida.

Saudades extremas...

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