Por:

Entre os melhores

Por Rafael Tonon (Folhapress)

O Brasil esteve representado com dois restaurantes entre os 50 melhores do mundo, na premiação 50 Best de 2022: A Casa do Porco, em São Paulo, ficou na 7ª posição, e o carioca Oteque, que entrou pela primeira vez na lista, em 47º. A casa paulistana especializada em porco foi a única brasileira na lista do ano passado, chegando à 17ª posição.

"Para o Brasil, é muito importante ter mais representantes na lista. Temos uma gastronomia muito rica que o mundo precisa conhecer", afirma Jefferson Rueda, d'A Casa do Porco.

Mais uma vez, um restaurante nórdico alcança o topo da gastronomia mundial na lista, que se tornou a mais influente premiação do setor. Seguindo os passos do Noma, em Copenhague, vencedor no ano passado, o também dinamarquês Geranium foi eleito o melhor restaurante do mundo em premiação realizada em Londres. É uma comprovação que a influência nórdica ainda segue forte no panorama global da gastronomia. Três dos 50 restaurantes da lista estão na região.

Outros restaurantes brasileiros (Maní, Lasai, Evvai e D.O.M.) já tinham sido divulgados numa lista expandida que é feita pela organização dos 50 Best, entre as posições 51-100. O mais próximo que o Brasil já ficou do primeiro lugar foi em 2017, quando o D.O.M., de Alex Atala, alcançou o quarto lugar.

A lista revelada este ano em Londres (cidade escolhida em fevereiro, depois da organização desistir de realizar a cerimônia em Moscou), também mostra como a pandemia afetou a geopolítica dos restaurantes no mundo.

Impedidos de viajar, os 1.080 jurados que compõem o painel global estiveram mais restritos às suas regiões, o que foi comprovado pela presença (e pela subida) de dez novos restaurantes entre os 50 na lista.

Celebrando 20 anos desde sua primeira edição, em 2001, o 50 Best chega à vida adulta como a premiação que ajudou a mudar o panorama da gastronomia mundial, ao permitir que os jurados pudessem votar em qualquer restaurante que quisessem. Os votantes escolhem 10 estabelecimentos em ordem de preferência que tenham visitado pelo mundo. A única exigência é que pelo menos três deles sejam de fora da área/continente que está representando. Esta regra foi incorporada recentemente, desde que a lista passou a ser criticada pela possibilidade de interesse entre votantes, chefs e seus restaurantes.

Também foram anunciadas novas categorias, trazendo novidades a cada edição, como a de Restaurante Sustentável, que premiou o Aponiente, do chef espanhol Ángel León, e o Melhor Sommelier, que premiou o espanhol Josep Roca (El Celler de Can Roca). A colombiana Leonor Espinosa foi eleita a melhor chef mulher do mundo e a queniana Walita Njiru ficou com o prêmio de Ícone pelo trabalho de educação alimentar com crianças em seu país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.