A Alerj apanha até quando acerta
Por Cláudio Magnavita*
Não há nada mais suicida para uma sociedade do que criticar de forma continuada os seus representantes, especialmente o Poder Legislativo estadual. Alguns segmentos da mídia incorporam o sentimento de má vontade sobre tudo que é oriundo da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Virou uma Geni que merece receber pedradas em editorial ou em reportagens investigativas que nada provam.
A Alerj contribuiu muito para isso, no passado recente, com sucessivos escândalos, presidentes presos e a invasão do Legislativo por personagens oriundo de milícias e de outras atividades marginais.
Um dos méritos da gestão do presidente André Ceciliano foi o de restaurar a credibilidade do Legislativo. O eleitor ajudou muito qualificando os representantes eleitos em 2018. A postura da casa no impeachment foi impecável. A postura dos deputados foi elogiada pelo Judiciário.
Nesses três anos a Alerj viveu um choque de gestão e devolveu anualmente aos cofres do estado três vezes o que gastou na reforma da sua nova sede.
Criticar o novo plenário e a nova sede do Legislativo por gastos que seguiram rigorosamente o planejado, com aditivos que não passaram de 6%, é uma demonstração dessa má vontade. Dotar os deputados de estrutura de Primeiro Mundo, gabinetes com fibra ótica, espaços de coworking para as equipes é estimular o surgimentos de mais candidatos qualificados. Como disse o presidente Ceciliano, em resposta a um jornal do Rio: “A Alerj apanha mesmo quando acerta.”
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã