É fake! Novas regras não obrigam INSS a aposentar por incapacidade

Circula também que o órgão não poderia mais encaminhar o trabalhador para a reabilitação

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INSS alerta sobre informação falsa na internet

Da redação

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alerta que estão circulando nas redes sociais informações falsas sobre a Portaria nº 1.310/2025, afirmando que o instituto seria obrigado a transformar qualquer auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) em aposentadoria por incapacidade permanente sempre que a pessoa não puder voltar à sua função no mercado de trabalho e também que o INSS não poderia mais encaminhar o trabalhador para a reabilitação profissional. É fake!

O que a portaria diz

A Portaria nº 1.310/2025 apenas atualiza as regras do Programa de Reabilitação Profissional e reforça que a aposentadoria por incapacidade permanente só pode ocorrer em casos específicos, quando:

? a perícia médica confirma que a pessoa tem incapacidade parcial e permanente para sua função atual;

? a pessoa cumpre os requisitos legais, como carência e comprovação da incapacidade;

? a equipe de reabilitação profissional do INSS conclui, formalmente, que não é possível reabilitá-la para outra atividade;

Ou seja, a modalidade só é concedida quando o profissional não pode ser reabilitado para o mercado de trabalho.

Não é aposentadoria automática

O segurado que não pode voltar à sua função atual não é aposentado automaticamente. Mesmo que a perícia ateste que a pessoa não consegue desempenhar seu trabalho habitual, isso não garante a aposentadoria.

Pela lei, o segurado pode ser reabilitado para outra atividade. Sempre que houver possibilidade de a pessoa trabalhar em outra função, a reabilitação profissional permanece sendo o procedimento correto.

O INSS reforça que a reabilitação profissional é um direito do segurado e uma etapa importante para quem pode voltar ao mercado de trabalho em outra atividade.

Quando é possível

A conversão administrativa do benefício por incapacidade temporária em aposentadoria só acontece quando:

? há incapacidade permanente;

? não existe possibilidade de reabilitação;

? quando a equipe multidisciplinar registra essa conclusão no sistema, com parecer técnico.

A concessão de aposentadoria por incapacidade permanente segue critérios legais e técnicos, definidos pela Lei nº 8.213/91 e pela avaliação médico-pericial.