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Peça 'O Profeta' reflete sobre a existência humana sob a ótica muçulmana

'O Profeta' é protagonizado pelo músico e cantor libanês Sami Bordokan, pesquisador de música árabe clássica e folclórica | Foto: Marlon Maikon/Divulgação

O livro "O Profeta", de Khalil Gibran, completou 100 anos em 2023 e já foi traduzido em mais de 100 idiomas. Transitando em temas como o amor, filhos, trabalho, alegria, tristeza e morte entre outros, a mensagem continua tocando os corações através da jornada turbulenta e incerta do homem pela vida. A peça traz a força de suas parábolas permeadas por uma trilha ao vivo, baseada em pesquisas sobre a música árabe clássica e folclórica.

Sucesso de público, o espetáculo, que não tem patrocínio, já foi apresentado no Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, São Paulo, Cuiabá e, agora, virá novamente ao Rio em abril. Essa montagem repete a parceria entre o diretor e a autora iniciada em "Helena Blavatsky, a voz do silêncio".

Luiz Antônio, indicado ao Prêmio Shell em 2019 pela montagem de "Paulo Freire, O Andarilho da Utopia", diz que "O Profeta" é uma peça de rara beleza: "A força de suas parábolas, a poética musicalidade e a profundeza de seus conceitos são um bálsamo nos dias de hoje. O amor é o fio condutor da história e nos faz redescobrir o papel do coração".

Lúcia Helena Galvão relata que quis homenagear Khalil Gibran e escolheu "O Profeta" por ser sua obra prima. "O profeta está enraizado na própria experiência do autor como um imigrante e serve de inspiração para qualquer um que se sinta à deriva em um mundo em fluxo. A vida e os pensamentos de Khalil Gibran se entrelaçam com as nossas vidas e compõem parte importante do que somos", diz a autora.

No papel título, está o músico e cantor libanês Sami Bordokan que é pesquisador de música árabe clássica e folclórica e tem um estilo único de tocar o alaúde e de cantar. Em cena, Sami está acompanhado de seu irmão William Bordokan que apresenta uma variedade de sons e ritmos, utilizando instrumentos ancestrais como o alaúde, a flauta nay, a rabab e a derbak. Os dois assinam a direção musical do espetáculo.

Em doze ensaios poéticos, a história desafia o vazio e descortina a beleza da vida em questões profundas abordadas com a ternura e a sabedoria que vem do Oriente. Numa atmosfera de enlevo e encantamento, a peça é um convite para sermos dignos da vida e a viver ao nível do que há de mais elevado em nós.

SERVIÇO

O PROFETA

Teatro Clara Nunes (Rua Marquês de São Vicente, 52 - Gávea)

De 5 a 7/4, sexta e sábado (2h30)e domingo (19)

Ingressos: R% 120 e R$ 60 (meia)

 

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