Por: Cláudia Chaves | Especial para o Correio da Manhã

A hora e a vez dos melhores

O corpo de jurados do RJ | Foto: Divulgação

Em um tempo que as premiações, em todas as áreas minguaram, o Prêmio Shell de Teatro é de uma enorme importância pelo seu formato. Primeiramente, são dois corpos de jurados, um para o Rio e outro para São Paulo, mas que guardam as semelhanças no perfil dos escolhidos. Pessoas do teatro em todas as suas frentes: atuação, produção, crítica, academia.

Assim, nos últimos anos o Prêmio Shell vem balizando as grandes tendências do teatro, assim como permitindo que talentos emergentes, surgidos em novos grupos, projetos sociais, oriundos ainda de zonas não privilegiadas de todos os tipos de recursos.

Com apresentação de Marisa Orth e Verônica Bonfim, a cerimônia conta ainda com homenagens a dois baluartes do teatro brasileiro: Renato Borghi e Amir Haddad, ambos nascidos em 1937 e fundadores do Teatro Oficina ao lado de José Celso Martinez Correa, em 1958. À frente do grupo Tá na Rua há mais de 40 anos, Amir dirigiu históricas montagens e segue, ainda hoje, responsável pela formação de centenas de atores. Já Borghi coleciona prêmios e atuações memoráveis em espetáculos referenciais, como 'O Rei da Vela' e 'Galileu Galilei'.

E, pela primeira vez em sua história, o Shell vai contemplar também montagens de todo o Brasil. Além das seleções dos júris do Rio e de São Paulo, este ano a premiação lança uma categoria inédita: Destaque Nacional, para produções de todos os estados brasileiros. O júri novo e especialmente criado para esta edição com nomes de Curitiba, Bahia, Ceará e Minas Gerais: Giovana Soar (atriz, diretora, tradutora e curadora), Marcio Meirelles (encenador, dramaturgo e gestor cultural), Dane de Jade (atriz, pesquisadora e gestora cultural) e Guilherme Diniz (pesquisador, crítico cultural e professor)

O grupo de jurados privilegiou montagens que, embora tenham sido encenadas no Rio e São Paulo, representam o conjunto do que acontece em diversas regiões do Brasil. O júri da premiação é composto por Leandro Santanna (produtor cultural, gestor público e ator), Ana Luisa Lima (professora, produtora e gestora cultural), Biza Vianna (figurinista, diretora de arte e produtora cultural), Patrick Pessoa (professor, dramaturgo e crítico teatral) e Paulo Mattos (curador e produtor cultural), no Rio de Janeiro. E por Evaristo Martins de Azevedo (crítico de arte), Ferdinando Martins (professor e crítico de arte), Luiz Amorim (ator, diretor e gestor em produção cultural), Maria Luisa Barsanelli (jornalista) e Luh Maza (dramaturga, diretora, roteirista e atriz), em São Paulo.

 

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