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Encontro marcado com as raízes

Cantora paulistana que celebra suas origens nordestinas, Natália Xavier costura narrativas em um disco de estreia que carrega as múltiplas formas de arte que a habitam. Entre teatro e poesia, coco de roda, maracatu, baião e afoxé, "Eu Também Sou Teus Rios" traz canções que fazem uma investigação autobiográfica sobre identidade e a valorização de raízes.

Primeiro álbum de Natália Xavier, "Eu Também Sou Teus Rios" foi imaginado como um diálogo íntimo e autoral da artista com sua ancestralidade nordestina, filha de pai baiano e mãe pernambucana.

"O que pulsa no sangue é importante", diz Natália, também mestranda em Artes pela Unicamp, atriz, escritora e astróloga.

Vinda da poesia e do teatro narrativo, a criação musical de Natália se diz guiada pela palavra e por seu potencial imagético. Eder Sandoli, guitarrista conhecido por colaborar com nomes como Itamar Assumpção e Tom Zé, assina a direção musical do álbum.

O disco amplia a poética introduzida em seus primeiros singles. Natália Xavier faz uma música brasileira que abarca referências teatrais e poéticas, que estabelece um diálogo sincero com suas origens, mas também com suas múltiplas formas de expressão, incorporando sua experiência como artista visual e poeta, além de cantora e compositora. Suas canções se guiam pela palavra poética e pelo potencial de imaginar novos mundos por meio da arte.

Tendo como referência as obras de Alceu Valença, Chico César, Lenine, Zeca Baleiro e a pesquisa sonora dos grupos A Barca, Raízes de Arcoverde, e da cantora Renata Rosa, a sonoridade do disco foi sendo tecida, ao longo de um ano, a várias mãos. A artista teve parceiros como Marcelo Lemos ("Revirada"), Claudio Tegg ("Eu Também Sou Teus Rios" e "Confios"), Maria Fernanda Batalha ("Penélope") e Dani Bambace e Leilor Miranda ("Olho de Tigre").

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