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Chico Alves forma roda na Gamboa

Por Affonso Nunes

Voz calejada e constante nas mais tradicionais encontros de bambas do Rio - da Lapa a Niterói, de Santa Teresa à Gamboa, da Praça XV a Copacabana -, o cantor e compositor Chico Alves tem agora tem uma roda de samba pra chamar de sua. A partir deste domingo (7), às 16h, o artista comanda uma roda semanal no Trapiche Gamboa (Rua Sacadura Cabral, 155).

"Durante algum tempo venho amadurecendo a ideia de ter uma roda de samba semanal onde eu possa cantar meus sambas autorais, os clássicos do cancioneiro e eventualmente receber meus parceiros para canjas e agora decidi colocar em prática e reuni um time de bambas para estarem comigo nessa empreitada", conta Chico, que estará sempre acompanhado pelos músicos Marco Basílio, Marcelinho Corrêa, Silvaão Silva, Thiago Cunha e Pet Vieira.

Como costuma acontecer nas melhores rodas, o couvert funciona na base da contribuição voluntaria para que o evento seja o mais democrático possível.

Capixaba, Chico Alves largou em 2020 o cargo executivo da empresa onde trabalhou por 17 anos para se dedicar à sua verdadeira paixão, a música. "Vi a proximidade da morte. Não sei, ninguém sabe, o que vai acontecer, mas percebi que preciso fazer algo novo, me dar a chance de viver esse amor. Estamos vendo tudo acontecer e sem saber o que fazer. Então, conclui que era agora ou nunca", justificou na ocasião.

Ex-integrante dos grupos Unha de Gato e Sambanlangandã, Chico tem Moacyr Luz e os Toninhos (Geraes e Nascimento) como parceitos mais frequentes.

O sambista tem hoje três álbuns lançados: "Pra Yayá Rodar a Saia" (2017), "Paranauê" (2020) e "Aluayê - os Novos Afro-Sambas" (2022) em que ao lado de Geraes apresenta canções assumidamente inspiradas nos afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes criados em 1966.

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