Prédio ligado ao Museu de História Natural da UFMG sofre incêndio

As causas do fogo provocado no início desta segunda-feira (15) estão sendo investigadas pela Polícia Federal

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Um incêndio nesta segunda-feira (15) atingiu um prédio ligado ao Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), na região leste de Belo Horizonte. As causas do fogo, identificado por volta das 5h30, ainda são apuradas pela Polícia Federal.

O prédio atingido era um anexo de reserva técnica onde ficava parte do acervo do museu que não estava em exposição. A universidade ainda calcula os danos. Ao todo, o museu tem mais de 265 mil peças de arqueologia, paleontologia, cartografia histórica, arte popular, etnografia, botânica, geologia, zoologia e em biblioteca.

"Certamente é uma área que nos preocupa muito. Três salas foram afetadas, mas só vamos ter realmente notícia quando a perícia for concluída", diz Mariana Lacerda, diretora do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.

Ela afirma que a fiação elétrica do prédio foi refeita em 2013. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais foi acionado por volta das 6h pelos vigias do local.

Segundo o tenente Thiago Lobo, coordenador de bombeiro da unidade envolvida na operação, o fogo demorou cerca de vinte minutos para ser controlado. O trabalho de rescaldo no local precisou de três horas e meia para ser concluído, por se tratar de material sensível.

"A gente tenta preservar e a água também danifica. Então, a gente tentou combater um incêndio, na fase do rescaldo, preservando ao máximo o material que não tinha sido atingido", afirma.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, parte do acervo que estava dentro de armários de metal parece ter sido preservada, mas a avaliação só poderá ser feita depois de concluída a perícia da Polícia Federal.

Com a pandemia do novo coronavírus, o local estava fechado para visitas, mas os trabalhos de pesquisa seguiam. O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG tem acervo de mais de 265 mil itens, que incluem peças e espécimes preservados e vivos (parte da coleção vegetal) e o Presépio do Pipiripau, do artista Raimundo Machado.

Considerada tesouro da arte popular do século 20, a obra é composta por 586 peças móveis, distribuídas em 45 cenas, que contam a vida de Jesus Cristo em meio ao cotidiano de uma cidade. A obra não estava local, porque estava em espaço de exposição, segundo a UFMG.

A área total do museu é de cerca de 600.000 m², que incluem um espaço com vegetação típica da Mata Atlântica, com espécies nativas e exóticas. O museu tem 3.750 livros e 19.134 números de periódicos, nacionais e estrangeiros em sua biblioteca.