A cidade de São Paulo saiu na frente e divulgou cronograma para a retomada das atividades ligadas ao turismo. Segundo a União Internacional de Feiras, a capital paulista foi o primeiro destino da América Latina a colocar data para a reabertura das feiras comerciais. A previsão é que esses encontros de negócios possam ser retomados a partir de 12 de outubro.
Segundo o secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Vinicius Lummertz, “o turismo ganhou previsibilidade no Estado de São Paulo. Na próxima semana,segunda feira, 6 de julho, os restaurantes e bares abrirão na capital paulista. Já os congressos e convenções, caso seja mantido o cenário atual, voltarão a acontecer a partir do dia 27 de julho. Também nesse dia teremos o retorno de atividades culturais importantes como cinemas, teatros, museus, que compõem as atrações turísticas do nosso estado. Já as feiras comerciais, que normalmente reúnem mais pessoas, devem retornar a partir do dia 12 de outubro.”
Segundo Lummertz, a volta das feiras comerciais deverá ser feita em um cenário de maior controle da pandemia, com a confirmação de quatro semanas na fase verde, a partir da segunda quinzena de setembro. “Com essas decisões, de forma antecipada, conseguimos atender as demandas do setor e dar uma previsão segura para o retorno das atividades sem colocar em risco a saúde da população’’, afirmou o secretário.
As normas de reabertura estabelecem que, no caso dos eventos, das convenções e atividades culturais para eventos com público sentado, a capacidade máxima será de 40% do público e o funcionamento será reduzido para seis horas. Haverá suspensão do consumo de bebidas e controle de acesso.
Impacto
A pandemia teve enorme impacto no setor de turismo e eventos paulistano. Segundo boletim de 29 de maio da São Paulo Turismo (SPTuris), a arrecadação do grupo 13 (turismo) do Imposto Sobre Serviços (ISS) paulistano apresentou queda de 39,1% no comparativo do mês de abril em 2019 e 2020. O prejuízo é de R$12.674.343,22, a mais drástica baixa anotada para este indicador desde o início de seu acompanhamento pelo Observatório de Turismo e Eventos
(OTE), em 2005.
A ocupação nos hotéis paulistanos registrou queda de 91,4% na comparação com abril de 2019. Mesmo que a diária média tenha apresentado uma baixa menos drástica, de 15,5%, a receita por unidade habitacional disponível apresentou queda de 93,1%. É o pior cenário desde o início do monitoramento desse indicador pelo OTE.
Nos principais aeroportos que atendem a cidade de São Paulo - Congonhas, Viracopos e Guarulhos - considerando-se a suspensão parcial e integral de diversos voos por algumas companhias aéreas, em especial os internacionais, a queda apontada na movimentação de aeronaves foi de 85,4%, enquanto a baixa na movimentação de passageiros foi de 92,8%. Isso representa 5.641.393 pessoas e 41.553 aeronaves a menos.