Por: Wesley Faraó Klimpel
Os desfiles de escolas de samba em São Paulo e no Rio de Janeiro foram adiados para fim de abril, anunciaram nesta sexta-feira (21) os prefeitos Ricardo Nunes (MDB-SP) e Eduardo Paes (PSD-RJ). De acordo com eles, o principal motivo para a nova data do Carnaval é a explosão recente de casos de Covid-19 e de influenza.
Os desfiles no feriado de Tiradentes, em 21 de abril. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo. Os dois prefeitos participaram de uma reunião virtual ao lado de seus secretários de Saúde e dos presidentes das Ligas de Escolas de Samba. As duas cidades já haviam cancelado o Carnaval de rua no início de janeiro, também por causa do coronavírus e da gripe.
No último dia 12, o comitê científico da cidade do Rio de Janeiro se reuniu para debater sobre um possível adiamento do desfile das escolas de samba, mas o colegiado preferiu deixar em aberto uma decisão e continuar monitorando o comportamento da ômicron.
O infectologista Roberto Medronho, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e membro do comitê científico do estado, foi um dos que desaconselhou a realização dos desfiles em fevereiro. "Eu acho que toda e qualquer aglomeração que seja feita nas próximas semanas será motivo de um espalhamento ainda maior da variante ômicron", afirmou à Folha à época.
Nesta quarta (19), a Prefeitura de São Paulo divulgou os protocolos para realização dos desfiles no Carnaval. Segundo o documento, todas as pessoas no Sambódromo deverão usar máscaras de proteção –tanto quem estiver nas arquibancadas como os componentes das escolas de samba.
Também será obrigatória a apresentação de passaporte de vacina contra a Covid-19 com, no mínimo, duas doses. A exigência será igualmente para público (deverá ser pedido na venda on-line dos ingressos) e integrantes das escolas, que serão obrigados a preencher um pré-cadastro. O limite de ocupação máxima será de 70% da capacidade de público em todos os setores, incluindo arquibancada, camarotes e pista.