Terror sacode 'Pantanal'

Começa hoje a participação de Rafa Sieg na pele de Solano, um impiedoso matador de aluguel

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Rafa Sieg conta que assistia a novela antes de ser convidado para juntar-se ao elenco

A crueldade em pessoa ronda o paraíso ecológico. A partir do capítulo de hoje, o ator Rafa Sieg dá vida ao temido Solano, o aguardado matador de aluguel contratado por Tenório (Murilo Benício) para eliminar a família de José Leôncio (Marcos Palmeira) e realizar a vingança do fazendeiro contra Maria Bruaca (Isabel Teixeira) e Alcides (Juliano Cazarré) no remake de "Pantanal" (Globo).

Com extensa carreira no cinema e no teatro, com mais de 40 projetos no audiovisual (entre séries e filmes) e 20 anos de trabalho no teatro, Sieg espera com expectativa a aparição de Solano, personagem que promete movimentar ainda mais a trama das 21h, que já é sucesso absoluto em todo Brasil.

O ator esteve na região sul-matogrossense meses atrás e recentemente gravou suas cenas no Rio, nos Estúdios Globo. "Eu estava fazendo um filme que se passava nos anos 1940 e da noite para o dia, literalmente, embarquei nessa viagem de sete horas Pantanal a dentro. Obviamente, antes disso, eu já havia estudado os capítulos, mas sabia que meu corpo e ritmo interno precisavam ser alterados para o que iria fazer a partir de então. A partir disso, passei a usar a própria viagem ao Pantanal - comendo poeira, abrindo porteira, observando pessoas e a paisagem ao meu redor mudando -, como os elementos primários mais importantes nessa preparação. Abandonar o que estava ficando para trás e me conectar com essa natureza, por vezes árida também, fluida, de horizonte amplo, de águas escuras e cheia de mistérios, como Solano", relata Sieg.

Solano chega ao Pantanal como um homem simples, em busca de emprego. Seu primeiro contato é com Eugênio (Almir Sater), que fica com o alerta ligado ao conhecê-lo. O rapaz comenta que está em busca de emprego e que soube que um fazendeiro da região estaria em busca de peão. Ele se refere a Tenório (Murilo Benício). "Ele vai à fazenda, consegue o emprego, mas é somente para cumprir o protocolo combinado com o Tenório", explica Sieg, que revela nunca haber estado antes no Pantanal mato-Grossense.

"Eu não conhecia o Pantanal. E, além desse contato com a natureza pulsante do lugar, foi o meu primeiro contato com o elenco e equipe. Um time que já estava jogando junto há meses, fazendo um trabalho admirado por todos, inclusive por mim, que já estava assistindo à novela em casa. E fui recebido de braços abertos. Reencontrar o Marcos Palmeira, com quem já havia trabalhado em 'Mandrake, um grande anfitrião desse projeto e do próprio Pantanal, e o carinho dos demais, marcou minha chegada", conta o ator que está no elenco do esperado longa-metragem "Nosso Lar 2", com estreia prevista para 2023.

"'Nosso Lar 2' fala sobre seres humanos que falharam em suas missões na terra. Quando planejaram a vida e o projeto que pretendiam realizar, estavam entusiasmados e cheios de coragem. Mas a vida encarnada os afasta de seus verdadeiros propósitos, e o aprendizado acaba chegando de outra forma, comenta o artista.

Neste segundo semestre, Rafa Sieg marca presença na segunda temporada da série e "Chuteira Preta - Jogos Ilegais", com direção de Paulo Nascimento, na Amazon Prime Video. Na série, que aborda o submundo do futebol, Rafa Sieg interpreta Diogo, personagem que é o 'parça' do ex-craque de futebol vivido por Márcio Kieling. "A primeira temporada teve uma repercussão ótima no exterior, onde é intitulada como 'Dark Soccer'. Existe um interesse muito grande por esse universo do futebol de conquistas, poder e relações nem sempre visíveis num primeiro momento", conta o ator.

Ainda este ano está prevista a estreia de outro projeto com o ator: o longa "Meninas Não Choram", dirigido por Vivianne Jundi. No filme protagonizado por Letícia Braga, Rafa Sieg interpreta o pai de Cauã Martins. "É um filme que promete emocionar o público, uma história de múltiplos afetos e que fala da coragem de viver."

Outros projetos estão em fase de produção para estrear em 2023, avisa o ator, entre os quais a série "Centro Liberdade", que retrata o movimento para não ser fechado um centro comunitário de um bairro humilde da periferia de Porto Alegre, e o longa "Vinchuca", uma co-produção Brasil-Argentina, com direção do premiado Luis Zorraquín. "É a terceira vez que filmo um projeto de co-produção na Argentina. São sempre projetos autorais e que ampliam meu olhar sobre a América Latina, na sua maneira de produzir e realizar cinema. Sempre coletivos muito fortes e engajados", elogia.