Presidente do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP) foi sucinto ao, numa troca de mensagens com a coluna, responder sobre a eventual decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de concorrer à Presidência: "Não estou sabendo". Tarcísio é filiado ao Republicanos.

Pereira disse que ninguém sabe o que ocorrerá: "Muita coisa pra acontecer ainda". Ontem, o governador repetiu que é candidato à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes — parece que, desta vez, falou sério.

Em junho, a candidatura ao Planalto era vista como certa, integrantes do PL falavam até em vitória no primeiro turno. Tarcísio fazia então diversos movimentos nas áreas política e empresarial para azeitar seu objetivo.

Sua situação começou a ficar mais delicada a partir do momento em que, em julho, responsabilizou Lula pelas medidas de retaliação contra o Brasil anunciadas por Donald Trump. As críticas recebidas fizeram com que Tarcísio tentasse adaptar suas falas.

A necessidade de conquistar os bolsonaristas fez com que ele radicalizasse seu discurso pró-anistia, o que afetou sua tentativa de passar por moderado. No fim, brigou com os dois lados: chamou Alexandre de Moraes de tirano e bateu boca com Eduardo Bolsonaro.

Ex-advogado de Jair Bolsonaro e chefe da Secretaria de Comunicação Social durante seu mandato,

Fabio Wajngarten agitou o X ao sugerir que Donald Trump visite o ex-presidente brasileiro.

Isso, "para que ambos evidenciem uma 'Química Perfeita' atualizando a prosa". Segundo ele, os advogados de Bolsonaro e a corte (o Supremo Tribunal Federal) seriam consultados com antecedência. Bolsonaristas ficaram eufóricos com a possibilidade do encontro.

Na terça, ao falar na ONU, Trump destacou que houve uma "química" entre ele e o presidente Lula. Eles se abraçaram na sala que fica atrás da mesa diretora dos trabalhos.

Escreveu que aliados tentam convencer o ex-presidente da "mais louca e precipitada" decisão. Segundo ele, "os caras" fazem sugestões e Bolsonaro "não fala nada, como sempre fica em silêncio e os mesmos inventam conforme interesses do seu próprio umbigo".

Wajngarten aproveitou para desmentir notícias relacionadas ao ex-presidente — ele não citou nenhuma especificamente, mas ontem o site da Folha de S.Paulo publicou que Bolsonaro desistiria da anistia em troca de redução de penas e de prisão domiciliar.

Pré-candidato à reeleição, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) reitera as críticas que fez, no Senado, à ação do governador do Rio, Cláudio Castro, na segurança pública — citou os arrastões, domingo, na saída da praia. Eles são do mesmo partido, e Castro também quer o Senado.

Em 2026, o partido poderá ter dois candidatos às duas vagas de senador que estarão em disputa, mas uma delas está guardada para Flávio Bolsonaro. Segundo Portinho, a decisão sobre a segunda será de Jair Bolsonaro. "Tenho direito de criticar o governador", ressalta.