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Samu orienta transportes escolares de V. Redonda sobre primeiros socorros

Motoristas e monitores conheceram técnicas emergenciais | Foto: Adriana Cópio/PMVR

Em parceria com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), a prefeitura de Volta Redonda realizou, nesta quarta-feira (24), uma palestra com os motoristas e monitores da empresa Nações Unidas Turismo - responsável pelo transporte dos alunos autistas de Volta Redonda atendidos pelas escolas especializadas - a respeito dos procedimentos para o pronto atendimento dos alunos em casos de emergência, durante o transporte.

Na capacitação, realizada pelos socorristas Letícia Damião e Alessandro Nishimura, os motoristas e monitores foram orientados sobre as técnicas para desobstrução das vias respiratórias em caso de engasgo - que variam de acordo com a idade -, incluindo vídeos explicativos e exibição das técnicas com um boneco simulador de primeiros socorros, além de outro para demonstrar como o atendimento deve ser feito com bebês.

Os socorristas destacaram, ainda, que as técnicas variam de acordo com a idade - e que as grávidas, por exemplo, demandam um procedimento diferenciado -, e que é essencial acionar o Samu para atendimento mesmo após desobstruir as vias respiratórias, pois é importante avaliação médica em um hospital para observar se não ficaram sequelas, que podem, por exemplo, resultar em pneumonias persistentes.

A dupla do Samu também orientou sobre outras situações que os profissionais podem encarar durante o transporte dos alunos, como a técnica de reanimação cardiorrespiratória, o atendimento a pessoas com crises de convulsão e epilepsia, cuidados com fraturas e controle de hemorragias, e falaram sobre o Desfibrilador Externo Automático (DEA), considerado para paradas cardiorrespiratórias, vendido em estabelecimentos comerciais e que pode ser usado por qualquer pessoa.

Ampliação para professores

A subsecretária de Educação de Volta Redonda, Valéria Lamim, lembra que esse tipo de orientação é importante para que não se repitam casos trágicos como o do menino Lucas Begalli, que morreu aos dez anos de idade por falta de atendimento apropriado quando engasgou com um lanche. Por conta dessa tragédia, foi aprovada a chamada Lei Lucas (13.722/2018), que tornou obrigatória a capacitação de professores e funcionários em noções de primeiros socorros.

- O trabalho que nós realizamos hoje foi pontual para os profissionais da empresa que faz o transporte dos alunos autistas. Sentimos a necessidade de preparar esses monitores e motoristas para o caso de alguma emergência durante o transporte da casa para a escola, e vice-versa, que pode ser essencial para salvar vidas. Nossa ideia, agora, é estender para todas as escolas da rede municipal, solicitar o Projeto Samuzinho para essa capacitação", afirmou Valéria.

O Projeto Samuzinho está aberto a todos os tipos de público, e que a solicitação para palestras e capacitações pode ser agendada através do email [email protected].