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Internações e óbitos por Covid-19 voltam a subir em São Paulo

Por: Mônica Bergamo

A média diária de internações por Covid-19 no estado de São Paulo voltou a subir na 16a semana epidemiológica de 2022, entre 17 e 23 de abril -que coincidiu justamente com os preparativos para o Carnaval.

Depois de atingir um pico de 1.521 hospitalizações diárias em janeiro, os índices começaram a apresentar seguidas quedas, até o piso de uma média diária de 146 internações na semana retrasada. Na semana passada, no entanto, elas subiram 6%, registrando média diária de 155 pacientes que necessitaram de cuidados hospitalares.

O número de óbitos também voltou a subir, depois de seis semanas de quedas consecutivas. Foram 22 pessoas mortas por dia, em média, contra 20 da semana passada -um aumento de 8,5%.

Já o número de casos confirmados por testes seguiu caindo, passou de uma média diária de 4.356 casos para 3.628 (baixa de 16,7%).

O número de hospitalizações é considerado o mais seguro para a verificação da tendência da epidemia no Brasil: os registros são feitos no momento da entrada do doente nas instituições, e comunicados imediatamente ao sistema.

Já os casos podem ser subnotificados, pois nem todas as pessoas que contraem o coronavírus fazem exame para saber se estão com a doença. Uma boa parte é inclusive assintomática, e sequer desconfia que foi infectada.

"Houve um levíssimo crescimento no número de internações, e também no de óbitos. Mas a vacinação tem se mostrado eficiente num momento em que a vida praticamente voltou ao normal", diz o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.

Ele afirma que os números agora analisados ainda não consolidaram as ocorrências registradas logo depois do Carnaval. Por isso, não e possível concluir que a subida teve qualquer relação com a folia.

O secretário enviou à coluna um texto da secretaria que afirma que, se fosse uma nação, São Paulo estaria em primeiro lugar entre os países que mais vacinam contra a Covid-19 no mundo, com 86,83% da população com esquema vacinal completo, em comparação a países com população igual ou superior a 40 milhões de pessoas.

"O país que mais se aproxima da marca de São Paulo é a Coreia do Sul (86,82%)", diz o levantamento feito pelo governo estadual. "Em seguida, estão Espanha (86,37%), China (86,33%), Japão (80,47%), Itália (79,35%), França (77,92%), Brasil (76,49%), Alemanha (75,45%), Reino Unido (72,88%) e Estados Unidos (66,11%) -os percentuais são atualizados periodicamente pelo portal Our World In Data, da Universidade de Oxford", segue o texto.

Segundo dados da secretaria, "entre os elegíveis para receber as doses, ou seja, todos acima de 5 anos de idade, SP já chegou a marca de 92,92% da população imunizada com as duas doses e 100% com ao menos uma dose. Na população em geral, o estado já chegou a 93,52% da população com ao menos uma dose.

Nesta quinta-feira (28), o Vacinômetro (https://www.saopaulo.sp.gov.br/) registra 108,7 milhões de doses aplicadas nos 645 municípios paulistas".

A nota finaliza afirmando que a "vacinação da dose adicional também tem crescido nas últimas semanas, com mais de 26,4 milhões de doses aplicadas. De acordo com o Consórcio de Imprensa, São Paulo é o estado com o maior patamar de aplicação da dose de reforço, com 54,06% da população, à frente do Piauí (44,08%), Paraíba (44,01%) e Ceará (43,73%). No Brasil, 38,65% da população recebeu a dose de reforço".

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