Secretaria Municipal de Saúde zera contratos emergenciais

Decisão afeta profissionais que trabalhavam na rede pública por meio de contratos emergenciais, mas Secretaria considera os resultados da medida positivos

Por Redação

Segundo a Secretária Municipal de Saúde, a marca demonstra amadurecimento administrativo

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio zerou os contratos emergenciais ativos em serviços como limpeza, vigilância, alimentação e manutenção nas unidades da rede. Para a Prefeitura, a marca, reflete um processo de reorganização interna conduzido pela Subsecretaria de Gestão, em parceria com o Tribunal de Contas do Município (TCM-Rio). O trabalho priorizou o diálogo e o planejamento preventivo, substituindo a prática de sanções isoladas.

"A contratação emergencial é um instrumento legal e importante, previsto para garantir que o serviço à população não pare diante de situações realmente inesperadas e urgentes. O que se combateu foi o uso rotineiro desse mecanismo, que historicamente acaba servindo como um indicador de falta de planejamento. Atingir a marca de zero contratos emergenciais para serviços demonstra um amadurecimento administrativo, em que a gestão atua de forma proativa e organizada, antecipando as demandas em vez de apenas reagir a elas", disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Segundo o secretário, a redução dos contratos emergenciais demonstra maturidade administrativa. "Deixamos de reagir para atuar de forma planejada e organizada", afirmou. Em 2020, havia 25 contratos emergenciais em vigor. Em 2019, os gastos superavam R$ 300 milhões. Em 2025, ambos os números chegaram a zero.

Para promover a mudança, foi criado um grupo de trabalho em 2023, que reúne a SMS, a RioSaúde, a Controladoria Geral do Município e o TCM-Rio. O objetivo é aprimorar o uso dos recursos públicos.

A reorganização gerou economia em novas licitações. No contrato de logística com a empresa Pronto Express Logística S/A, a secretaria prevê uma redução anual de R$ 2,68 milhões, mesmo com a ampliação de 30% na cobertura, que passará a incluir todas as unidades da RioSaúde e o Hospital do Andaraí. O novo contrato entra em vigor em agosto de 2026.

"Com o novo contrato, que passa a valer a partir de agosto de 2026, geramos uma economia equivalente a um mês de custos com logística. São mais de R$ 200 mil mensais que poderão ser destinados a outros fins, como investimentos na oferta de serviços da rede municipal de saúde", destacou o subsecretário de gestão, Marcio Leal.