Vereadora toma medidas diante da crise hídrica que atinge Barra de Guaratiba
Bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro sofre com abastecimento inconstante de água há três meses
A crise de abastecimento em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste, se aproxima do terceiro mês sem solução por parte da Rio Saneamento. Na última semana, a vereadora Gigi Castilho (Rep) voltou à tribuna da Câmara Municipal do Rio para cobrar respostas e providências imediatas.
"Os moradores não aguentam mais a falta de água", afirmou. "São idosos, crianças, cadeirantes, autistas… A população não aguenta mais essa situação", pontuou Gigi.
A parlamentar enviou um novo ofício à concessionária, o segundo apenas neste mês. O primeiro, datado de 1º de outubro (Ofício nº 53/2024), não teve retorno. Agora, o Ofício nº 57 reforça a cobrança e denuncia a continuidade do problema, mesmo após uma audiência entre a Rio Saneamento, a associação de moradores e o Procon, no início do mês, em que foi prometida uma obra emergencial. Apesar da previsão da realização dos serviços em 20 dias, nada mudou.
Moradores relatam cenas, como o uso de sacolas plásticas para necessidades fisiológicas básicas. "Isso é um filme de terror", resumiu Gigi.
Com a aproximação do verão, a situação tende a piorar. Hotéis recorrem à compra de caminhões-pipa, enquanto vizinhos dividem poços artesianos e alguns já cogitam vender seus imóveis. A falta de água atinge também escolas e pontos turísticos da região, como a Igreja da Vendinha, o Clubinho e a Peixaria, que seguem sem regularidade no fornecimento.
"Água é vida e dignidade. Não dá para aceitar tanto descaso", disse Castilho, que garantiu cobrar os responsáveis para que o problema seja sanado.