CPI das Câmeras vai a Gericinó ouvir presos
Deputados ouviram bandidos envolvidos em roubo de carros
A CPI das Câmeras conduzida pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) retomou as operações nesta segunda-feira (15), com a oitiva dos cinco presidiários conhecidos como os maiores ladrões de carro do estado. Detidos no Complexo Penitenciário Gericinó, na Zona Oeste do Rio, os criminosos são investigados por associação com locadoras de automóveis, empresas e cooperativas de proteção veicular.
Participaram da visita o presidente da CPI os deputados Alexandre Knoploch (PL); o vice-presidente, Marcelo Dino (União); o relator Filippe Poubel (PL); Rodrigo Amorim (União), que está como membro titular, e Alan Lopes (PL), suplente da comissão. Após ouvir representantes das empresas suspeitas, os membros da CPI, esperam, com as oitivas, entender melhor como funciona a ligação com os bandidos.
Nesta segunda, prestaram seus depoimentos os presidiários Vinicius Sebastian dos Santos Catrinck, conhecido como "Capetão"; Thiago Fernandes Virtuoso, o "Tio Comel"; Luciano da Silva Teixeira, conhecido como "Sardinha da CDD"; Jefferson Dias Lino, apelidado de "Rouba Cena" e Gildásio Esteves Lima.
De acordo com o deputado Knoploch, todos os ouvidos pela CPI já receberam pagamentos de empresas vinculadas aos negócios investigados no esquema de roubo de veículos. Ao deixar o complexo penitenciário, o presidente da CPI declarou estar satisfeito com as informações coletadas nos depoimentos dos intimados e que vai anexá-las ao processo. Para realizar a ação, os parlamentares contam com o suporte da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
A CPI das câmeras acontece desde o mês de junho, quando foi publicada em Diário Oficial. Com as investigações, a comissão mira em empresas que realizam instalações de câmeras em locais públicos, os negócios que atuam com recuperação dos veículos roubados, os bandidos que se beneficiariam com as ações criminosas, além de ferros-velhos. O uso de ouro para lavagem de dinheiro também está sendo investigado, decisão impulsionada pela prisão de TH das Joias, expulso do MDB.
