Após a prisão e o surgimento de novas acusações contra o deputado estadual Thiego Santos, conhecido como TH Joias (MDB), nesta quarta-feira (3), o governador Cláudio Castro (PL) determinou o retorno do atual secretário de esportes, Rafael Picciani (MDB), à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Segundo o governador, a volta de Picciani à Alerj já estava prevista, mas o ocorrido com seu suplente acabou antecipando a decisão.
"Por minha determinação, o deputado estadual Rafael Picciani está retomando seu mandato na Assembleia Legislativa. Ele substitui o deputado estadual TH Joias, preso hoje em ação conjunta das polícias Civil e Federal e do Ministério Público. O retorno de Rafael já estava previsto, mas, diante da operação realizada hoje, decidimos antecipar. O trabalho integrado deixa um recado muito claro: a lei vale para todos", publicou Cláudio Castro.
O retorno de Picciani à Alerj foi publicado no Diário Oficial poucas horas após a operação que prendeu TH em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Com isso, a Assembleia não precisou se reunir para decidir manter ou não a prisão. Pela Constituição fluminense, caso um deputado se torne réu, é o Legislativo que deve avaliar, em até 45 dias, se interrompe a ação penal.
Agora, a permanência de Picciani no Legislativo será avaliada. Seu retorno aconteceria na próxima semana, para votações de projetos de Segurança Pública e Finanças juntamente com outros deputados, e depois, retornaria à secretaria de esportes.
TH Joias foi afastado do cargo e expulso do MDB, contudo, se o Picciani deixar a cadeira novamente, seu suplente poderá reassumir a posição.
A expulsão do deputado do MDB foi anunciada pelo presidente do partido, Washington Reis, que declarou: "Diante das notícias de que o deputado suplente TH Joias está sendo procurado pela polícia, com mandado de prisão por suspeita de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, além de negociar armas para o Comando Vermelho (CV), o MDB decidiu expulsar o parlamentar. TH, que já não seguia a orientação partidária em seus posicionamentos e votações na Assembleia Legislativa do Rio, não fará mais parte dos nossos quadros", disse o líder do MDB.
A prisão de Thiego Raimundo, na última quarta-feira (3), foi determinada por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações da Polícia Federal, TH também teria utilizado do seu poder como parlamentar para beneficiar o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro (TCP). Conhecido por ser joalheiro, TH ainda utilizava a produção de joias simulando encomenda para movimentar dinheiro sujo.
