Por Marcello Sigwalt
Será que a maldade contra o semelhante virou moda? Para o bem da humanidade, esperamos que não. Mas o que dizer de tal monstruosidade, perpetrada contra duas crianças que se divertiam na rua, na última segunda-feira (30)?
Nesse momento, uma mulher, ainda não identificada pelos órgãos de segurança, passou de moto, oferecendo doces de chocolate envenenados com chumbinho (veneno para matar roedores, como ratos) a dois meninos, um de seis e outro de sete, que andavam de bicicleta, próximo à Escola Municipal Rostham Pedro de Farias, em Cavalcanti (Zona Norte), onde estudavam.
Ao dar entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Del Castilho, o menino de 6 anos já chegou em parada cardiorrespiratória. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a equipe médica realizou manobras de reanimação, mas o paciente não resistiu e morreu. Seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio, para que seja identificada a causa da morte. O outro, mais velho, que sobreviveu, foi transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea (Zona Sul), onde permanece internado, com quadro estável, mas grave.
Atônito, Felipe Rodrigues, ainda buscava informações sobre o que, de fato, teria ocorrido. "A gente não sabe se ele ingeriu alguma coisa no percurso de ida, volta, se algum amiguinho deu algum lanche para ele, ou se ele comeu alguma coisa na escola. O médico falou que foi envenenamento, que achou chumbinho dentro do organismo dele", disse.
Felipe contou, ainda, que as duas crianças estavam com os mesmos sintomas e moravam na mesma região.
"A gente chegou quase junto e os sintomas eram muito iguais, os dois estavam vomitando muito e falaram que eram da região de Cavalcanti e percebemos que os dois estudavam na mesma escola", explicou.
A Secretaria Municipal de Educação nformou que o aluno de seis anos não compareceu à escola nesta segunda-feira (30) e nem na última sexta-feira (27), acrescentando que, ontem (30), o menino havia sido visto, depois da saída da escola, andando de bicicleta na rua.