Por: POR MARCELO PERILLIER

Enredo da Viradouro fala também das matizes africanas

Abre-alas já vinha com o olho da serpente e guerreiras | Foto: Marcelo Perillier

O enredo da campeã do carnaval 2024, a Unidos do Viradouro, vai além do mito vodum serpente. Explorando a religiosidade africana, a escola de Niterói também falou das mulheres negras e da cultura do continente, em especial da parte da costa ocidental. O título do enredo, "Arroboboi, Dangbé", conta a história das guerreiras Mino, do reino Daomé, atual Benin. Em meio às batalhas na região, elas são iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, uma dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé. É dessa forma que nasce o culto à serpente, que se dissemina pelo reino, e chega ao Brasil em terreiros na Bahia, sob a liderança de Ludovina Pessoa. Arroboboi significa "salve o espírito infinito da serpente". Além disso, boa parte das alegorias tinham elementos que giravam em círculo, representando o movimento das serpentes.

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