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RJ: Estudo mapeará a fome

O Instituto de Nutrição Josué de Castro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) iniciou a fase de coleta de dados para um estudo inédito sobre a fome no Rio de Janeiro. Agentes visitarão 2 mil domicílios nos 160 bairros da capital fluminense, para identificar a situação de insegurança alimentar. O projeto foi idealizado pela Frente Parlamentar contra a Fome.

"É muito importante que o carioca receba a equipe de coleta para que possamos concluir o estudo. Com o mapa da fome em mãos, o critério de instalações de programas públicos contra a fome passará a ser técnico. Esse é um importante legado que a frente deixará para os cariocas e para essa e as próximas gerações" afirmou, em nota, à Agência Brasil, o presidente da Frente Parlamentar contra a Fome, vereador Dr. Marcos Paulo.

O objetivo é auxiliar o desenvolvimento de políticas públicas para a garantia do direito à alimentação adequada.

"Nossos entrevistadores estão na rua fazendo os questionários, pedimos para que as pessoas selecionadas os recebam com carinho. Pela primeira vez, também serão abordadas as famílias de pessoas com deficiências. O estudo é muito importante para montarmos o cenário da fome na nossa cidade", explicou a professora Rosana Salles Costa, coordenadora do inquérito, à Agência Brasil.

Os entrevistadores portarão colete e crachá de identificação da VoxPopuli. É possível confirmar a identidade do agente pelo telefone do gabinete do vereador Dr. Marcos Paulo (21) 3914-2441.

Outras pesquisas

Segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional feita com 35 mil entrevistados e divulgada em 2022, 57,8% da população urbana do país enfrentam algum grau de insegurança alimentar, ou seja, não se alimentam da forma como deveriam. Pelo menos 15% estão na situação de insegurança grave, o que significa que milhões de pessoas passam fome no Brasil.

Estudo feito pela Central Única das Favelas e pelo Instituto Locomotiva, em 2021, com 2.087 moradores de 76 favelas brasileiras, mostrou que 68% dos entrevistados não tinham dinheiro para comprar comida em pelo menos um dia.

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