Nesta segunda-feira (9) as forças de segurança do Governo do Rio realizaram uma mega operação, com mil homens, nas comunidades da Maré, Cidade de Deus e Vila Cruzeiro, para cumprir 100 mandatos de prisão contra traficantes. Até o momento, nove pessoas foram presas na operação —seis tinham mandado de prisão, e os outros três foram em flagrante.
As polícias Civil e Militar pretendiam prender os suspeitos dos assassinato dos três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca.
Dois helicópteros da polícia foram atingidos por tiros na ação desta segunda. As aeronaves tiveram que pousar, e um policial civil ficou ferido ao ser atingido por estilhaços. Um dos helicópteros voltou a operar após o ataque, segundo o Governo. As aeronaves sobrevoavam a Vila Cruzeiro. O helicóptero da PM foi atingido no vidro da frente, e o da Civil, no tanque de combustível. Os dois pousaram em um terreno que pertence à Marinha, na Avenida Brasil.
Ação nos presídios
A polícia penal do Rio apreendeu 58 celulares e um quilo de droga na operação feita dentro das penitenciárias Gabriel Ferreira Castilho e Jonas Lopes de Carvalho, conhecidas como Bangu 3 e Bangu 4.
A Seap afirmou que operação quer desarticular a rede de comando das facções criminosas, que costumam ser lideradas de dentro das prisões. A pasta disse que já fazia uma ação frequente de bloqueio prévio de celular, mas que a partir de agora vai intensificar os esforços.
Ela também é uma resposta, conforme informou a secretaria, à suposta videoconferência feita por chefes do Comando Vermelho que teria ordenado a morte dos suspeitos de terem matado os três médicos na orla da Barra da Tijuca, na semana passada.
Por Camila Zarur e Bruna Fantti (Folhapress)