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Prefeitura do Rio sugere que idosos e pessoas com comorbidades voltem a usar máscara

Por: Mariana Moreira

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), recomendou que idosos, estudantes e pessoas com comorbidades ou sintomas de gripe voltem a usar máscara para evitar a contaminação pelo coronavírus. Ele descartou retomar a proteção de forma obrigatória em ambientes abertos e fechados.

O comunicado foi feito na tarde desta quinta-feira (2), durante uma reunião no Centro de Operações da prefeitura, com Paes e o superintendente de vigilância em saúde, Márcio Garcia, e do secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado.

Desde o dia 7 de março, passou a ser facultativo o uso de máscara em metrô, ônibus e ambientes fechados na cidade do Rio. No estado, deixou de ser obrigatório estar com a proteção cinco dias antes.

A prefeitura também anunciou a campanha "Dia D" de vacinação contra Covid-19 e demais síndromes gripais, no sábado (4), em mais de 450 pontos de vacinação em todas as regiões do Rio.

Paes disse que, apesar da percepção superficial de que os casos estão aumentando entre amigos, familiares e conhecidos entre a população, o atendimento nas unidades de saúde se mantém estável e os casos de síndrome gripal são leves e estão sob controle:
"Nas últimas semanas, temos notado o aumento de casos no nosso entorno. Nesses últimos meses, nós tivemos uma janela de síndromes gripais, que representam a maior parte do contágio. No entanto, conforme os dados de testagem, as unidades de saúde, farmácia e postos de saúde, não há o aumento do registro de casos de Covid-19. Por isso, avaliamos que não há necessidade de alterarmos as medidas restritivas", disse o prefeito.

Paes, no entanto, fez um alerta para que pessoas que têm comorbidades ou apresentem sintomas da doença, como coriza, dores de cabeça, dor no peito e inflamações, utilizem a máscara e façam o teste.

O prefeito disse ainda aguardar a liberação do governo estadual para liberar a segunda dose de reforço para os cidadãos de faixa etária acima dos 50 anos.

"Nós fizemos uma ótima campanha de dose de reforço para quem tem mais de 60 anos, mais de 51% foi vacinada, então estamos em outro momento da pandemia, um momento mais brando de contaminação, e tudo isso por causa da vacina. Vamos aguardar a autorização para liberar mais doses", concluiu Paes.

O superintendente de vigilância em saúde, Márcio Garcia, informou que, a partir de segunda-feira (6), a vacina contra a gripe estará disponível para toda a população a partir de seis meses de idade nos postos de vacinação, independentemente de casos de comorbidades ou grupos prioritários.

A prefeitura também irá disponibilizar vacinas contra sarampo para a população de seis meses a cinco anos, mesmo que a carteira de vacinação esteja completa.

Garcia também recomendou a vacinação contra Covid-19 para crianças de cinco anos ou mais, primeira dose de reforço para adolescentes a partir dos 12 anos e segunda dose de reforço para pessoas acima de 60. As vacinas contra gripe e Covid podem ser tomadas no mesmo dia. Para se vacinar, é preciso apenas levar a caderneta de vacinação e um documento de identidade com foto.

De acordo com a prefeitura, não houve aumento no quadro de internação no mês de maio. No total, 51,1% da população carioca está com o esquema vacinal completo acima de três doses, e 46% com quatro doses (segundo reforço). A taxa de mortalidade do vírus, em 2022, é de 26,3 por cem mil habitantes; 2020 era de 284,2.

Apesar da alta taxa de adesão à campanha de vacinação, Paes chamou a atenção para medidas individuais de proteção e recomendou que a população complete o quadro use máscaras em caso de sintomas.

De acordo com a prefeitura, há 1 milhão de vacinas disponíveis. Os bairros de maior incidência são Gávea, Barra da Tijuca e Complexo do Alemão, na Vila da Penha. As unidades de saúde destas áreas vão receber novos centros de testagem para atender a demanda de casos.

Segundo Garcia, é esperado um aumento de síndrome gripal nesse período, sejam de casos de covid-19 ou outros tipos de gripe. Nos últimos 90 dias, segundo Garcia, a maioria absoluta é de síndrome gripal.

"Não chega a mil casos por 100 mil habitantes. Atualmente, há 69 casos de internação por Covid distribuídos em unidades de saúde da prefeitura, estaduais e hospitais federais", afirma o superintendente.

Oficialmente, o uso de máscaras se tornou facultativo desde 3 de março no Rio, em função da alta cobertura vacinal e de haver municípios com baixo risco.

A norma no Rio é contrária à decisão da Prefeitura de São Paulo, que nesta quarta-feira (1º), acatou a recomendação do governo estadual e sugeriu que a população volte a utilizar máscaras em ambientes fechados.

De acordo com a coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de S.Paulo, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma das instituições de pesquisa mais importante do país, decidiu retomar a obrigatoriedade do uso de máscaras em suas dependências.

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